Izalci, o novo petista do PL

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Izalci Lucas se alia ao PT e investe contra o BRB em jogada política rumo a 2026

 

 

O senador Izalci Lucas (PL-DF) resolveu se aproximar do Partido dos Trabalhadores (PT) do Distrito Federal, em uma tentativa clara de manter-se em evidência para as eleições de 2026. A movimentação tem sido interpretada por analistas como um esforço desesperado para evitar a irrelevância, já que sua trajetória política é vista por muitos como decadente.

A recente ofensiva do senador — agora de mãos dadas com a oposição — contra a expansão do Banco de Brasília (BRB) revela uma contradição gritante. Grupos políticos que no passado afundaram o BRB em escândalos de má gestão e uso indevido agora tentam se apresentar como bastiões da ética e da transparência. A proposta de Izalci de instaurar uma CPI para investigar a aquisição do Banco Master pelo BRB ignora que a operação ainda está em análise pelos órgãos reguladores competentes, como o Banco Central e o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE). A precipitação em propor uma CPI por uma operação que sequer foi aprovada soa mais como espetáculo político do que preocupação real com a legalidade.

O mercado financeiro, por sua vez, vê com bons olhos a negociação. Especialistas apontam que a compra do Banco Master — avaliada em cerca de R$ 2 bilhões — representa baixo risco e pode transformar o BRB em um player relevante no cenário nacional. A futura instituição será mais diversificada, rentável, segura e competitiva, com capacidade de concorrer com grandes bancos brasileiros.

Izalci parece ignorar esses dados técnicos e o respaldo institucional do processo. Sua atuação recente tem sido marcada por discursos inflamados e baseados em desinformação. Exemplo disso é o boato que circulou nos grupos petistas nas redes sociais na última semana, afirmando que o BTG Pactual teria feito uma proposta simbólica de R$ 1 pelo Banco Master. A própria instituição, liderada por André Esteves, foi obrigada a emitir um comunicado oficial à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) desmentindo categoricamente qualquer envolvimento com a negociação.

Ao deixar o PSDB de Marconi Perillo e ingressar no PL, Izalci mirou o Palácio do Buriti. Mas sua estratégia pode estar mal calculada. Dentro do próprio partido, o nome apoiado por Michelle Bolsonaro para 2026 é Celina Leão, atual vice-governadora, que goza de muito mais prestígio e base de apoio do que o senador. A tentativa de Izalci de se reinventar politicamente pode, no fim, apenas acelerar sua saída de cena.

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