Gim Argello: Do cárcere à comunicação

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Ex-presidiário da Operação Lava Jato atua nas sombras apoiando a candidatura política de ex-condenados pela Justiça. À frente do grupo, está a candidatura de José Roberto Arruda, também condenado ainda pela Justiça

 

 

Após anos de silêncio nas sombras, o ex-senador Gim Argello — conhecido nos bastidores políticos como o “Gato de Botas” — volta a circular no cenário brasiliense com novos movimentos que reacendem velhas desconfianças. Depois de cumprir três anos de prisão por corrupção e lavagem de dinheiro, o ex-parlamentar tenta reconstruir sua influência política e empresarial, agora por meio de uma estrutura de comunicação milionária.

Segundo apurações, Gim teria adquirido 50% de um portal de notícias em Brasília, numa operação avaliada em cerca de R$ 8 milhões — cifra que levanta questionamentos sobre a origem dos recursos. O negócio estaria sendo administrado por seu filho mais novo, conhecido como Loli, dono de uma empresa de painéis eletrônicos que figura entre as principais beneficiadas por contratos de publicidade custeados pelos cofres públicos.

Durante seu período como senador, Gim Argello construiu uma trajetória marcada por controvérsias e alianças de conveniência. Chegou a se aproximar da então ex-presidente Dilma Rousseff, de quem se tornou vizinho em uma área nobre de Brasília, numa relação permeada por interesses e tentativas de lobby. O elo entre os dois chegou a ser notado até durante a CPMI dos Empreiteiros, ocasião em que o ex-senador foi acusado de cobrar propina para proteger empresários investigados — o que resultou em sua prisão.

Agora, de volta à cena política e empresarial, Gim tenta se reposicionar apoiando um grupo político cuja imagem também carrega o peso de passagens pelo cárcere. O ex-senador aposta em uma aliança frágil, associando-se ao ex-governador José Roberto Arruda, outro nome emblemático dos escândalos de corrupção que abalaram o Distrito Federal.

O retorno de Gim Argello à vida pública expõe não apenas a persistência de velhas práticas na política local, mas também a resistência de figuras que, mesmo após condenações e prisões, insistem em manter influência sobre o poder e os recursos públicos de Brasília.

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