Nova unidade da Secretaria de Saúde vai ampliar diagnósticos, tratamentos e pesquisas para pacientes com doenças raras no DF
O Governo do Distrito Federal (GDF) dará um passo importante na ampliação da rede de saúde com a construção do Centro de Referência de Doenças Raras (CRDR) no Hospital de Apoio de Brasília (HAB). A iniciativa, liderada pela Secretaria de Saúde (SES-DF), tem como objetivo oferecer atendimento mais ágil e especializado, reforçando o compromisso com pacientes e famílias que convivem com essas condições de alta complexidade.
O edital publicado pela Companhia Urbanizadora da Nova Capital do Brasil (Novacap) prevê investimento de R$ 39,4 milhões para ampliar a Unidade de Atenção Especializada em Saúde do HAB, transformando o atual Bloco de Doenças Raras no CRDR. A licitação foi divulgada no Diário Oficial do Distrito Federal (DODF) na última segunda-feira (15), e a apresentação das propostas ocorrerá em 17 de dezembro.
A vice-governadora Celina Leão celebrou a conquista:
“Ainda como deputada federal, destinei recursos para que esse projeto pudesse sair do papel. Agora, tenho a convicção de que o centro será um espaço de acolhimento e esperança. O diagnóstico precoce é essencial para garantir qualidade de vida, oferecer tratamento adequado e evitar o agravamento das doenças. Esse é um compromisso real com as famílias que mais precisam de cuidado”, afirmou.
O secretário de Saúde do DF, Juracy Lacerda, destacou a relevância do novo centro:
“Esse processo acelerado, desde o diagnóstico até o tratamento, pode fazer toda a diferença tanto para impedir a evolução da doença quanto para garantir a qualidade de vida do paciente.”
Já a médica Gabrielle Roos Diehl, responsável técnica de genética da SES-DF, ressaltou que a ampliação permitirá melhorar a infraestrutura e desafogar a rede:
“A ideia é otimizar os atendimentos e adequar os laboratórios, tornando o CRDR um ambiente de excelência para acolhimento, diagnóstico e tratamento em todas as faixas etárias, além de incentivar a pesquisa.”
Atualmente, a Coordenação de Doenças Raras da SES-DF já promove atendimento a pacientes no HAB e no Hospital Materno Infantil de Brasília (Hmib), com foco no diagnóstico precoce — como o Teste do Pezinho ampliado —, além de acompanhamento multidisciplinar e reabilitação.
Segundo estimativas, o Distrito Federal tem entre 140 e 150 mil pessoas vivendo com doenças raras, condições que afetam até 65 pessoas a cada 100 mil indivíduos.
Com a criação do CRDR, o GDF reforça sua política de saúde inclusiva, garantindo mais dignidade, cuidado e esperança para milhares de famílias.