“O Contador de Histórias”: Rodrigo Rollemberg critica governo atual, mas ignora falhas da própria gestão
O ex-governador do Distrito Federal, Rodrigo Rollemberg (PSB-DF), conhecido como “O Contador de Histórias”, incorporou o personagem Forrest Gump em entrevista à TV Comunitária de Brasília, tentando projetar-se como crítico do governo atual. Porém, a narrativa do ex-governador ignora de forma significativa os problemas e falhas de sua própria administração.
Durante o programa, O Contador de Histórias atacou o Banco de Brasília (BRB) e o Consórcio Catedral, responsável pela gestão da Rodoviária do Plano Piloto. Contudo, Rollemberg deixou de mencionar que, sob sua gestão, a Polícia Federal investigou um suposto esquema de pagamento de propinas de R$ 16,5 milhões a diretores do BRB, envolvendo projetos como o extinto Trump Hotel, no Rio de Janeiro.
O ex-governador também exaltou a entrega de moradias, mas não comentou sobre as derrubadas de casas em áreas como Vicente Pires, que atingiram residências e igrejas, conduzidas com Bruna Pinheiro, da Agefis, e Alexandre Navarro, da Terracap, como responsáveis pelas operações.
Em infraestrutura e saneamento, Forrest Gump ignorou a situação precária deixada à Companhia de Saneamento Ambiental do DF (Caesb) e à Companhia Energética de Brasília (CEB), que enfrentaram dificuldades financeiras e chegaram a gerar falta de água em regiões da capital. Na área da saúde, criticou a ausência de hospitais, mas não mencionou que seu governo deixou várias regiões administrativas sem investimentos essenciais, enquanto o GDF atual já anunciou quatro novos hospitais até 2025.
Pesquisas realizadas na época do governo mostram que, prestes a encerrar seu mandato, O Contador de Histórias alcançou sua pior avaliação: índice quase zero de aprovação ótima e aumento expressivo da percepção de governo ruim e péssimo.
Ao se apresentar como Forrest Gump da política, Rollemberg parece esquecer os fatos concretos de sua gestão, omitindo suas próprias responsabilidades e fracassos enquanto tenta capitalizar politicamente sobre os avanços do governo atual.