Paridade da PCDF com a PF volta ao centro do debate entre governo e sindicatos
A busca pela paridade salarial entre a Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) e a Polícia Federal (PF) voltou a gerar controvérsias. Lideranças da categoria afirmam que houve abandono definitivo da pauta por parte dos sindicatos representativos, que teriam se alinhado a interesses políticos em detrimento do projeto original do Governo do Distrito Federal (GDF).
Segundo fontes ligadas ao processo, desde o início das negociações a atuação do presidente da Câmara Legislativa, Wellington Luiz (MDB), foi determinante para que o governador Ibaneis Rocha (MDB) encaminhasse ao governo federal a proposta de equiparação nos mesmos moldes da PF, “inclusive nos centavos”. O envio teria representado o cumprimento de uma promessa de campanha do governador.
Entretanto, representantes da categoria acusam os sindicatos de apresentarem uma contraproposta paralela, que, segundo eles, nunca foi amplamente divulgada aos policiais civis. A crítica recai sobre o fato de que, caso o texto alternativo retorne ao GDF, caberá aos próprios sindicatos convencer o governador a aceitar alterações supostamente impostas pelo Ministério da Gestão e da Inovação (MGI). (Ouça o áudio que está circulando nas redes sociais)
Outro ponto levantado é que a competência plena para definir a destinação dos recursos do Fundo Constitucional do DF (FCDF) seria do governador, que já teria apontado a fonte de custeio e os valores. “O que o MGI alega aos presidentes dos sindicatos para tentar não devolver a paridade?”, questiona uma liderança, insinuando que os sindicatos estariam servindo como “bucha de canhão” em uma disputa política com vistas às eleições de 2026.
A polêmica deve seguir nos próximos meses, à medida que novas rodadas de negociação avancem entre o GDF, o governo federal e as entidades representativas da categoria.