Esse é o tipo de tumor maligno mais comum no Brasil e pode acometer qualquer pessoa
Por Wallison Ramon
No último mês do ano, entra em destaque a campanha Dezembro Laranja, que promove a conscientização sobre o câncer de pele — o tipo de tumor maligno mais comum no Brasil. Ele representa cerca de 30% de todos os casos de câncer no país, e a estimativa é de que aproximadamente 185 mil novos diagnósticos sejam registrados anualmente. Um dos principais alertas é que todos os tons de pele estão suscetíveis ao desenvolvimento da doença, como explica a dermatologista do Sesc-DF, Renata Trindade.
A médica reforça que ações preventivas fazem toda a diferença: uso diário de protetor solar, evitar exposição prolongada ao sol entre 10h e 16h, proteção física (chapéus, roupas com filtro UV) e acompanhamento regular com especialista.
“Qualquer pessoa pode procurar um dermatologista, mesmo sem sintomas. A consulta é importante para prevenção e avaliação da pele, do cabelo e das unhas”, afirma Renata.
A dermatologista destaca que, apesar de o câncer de pele não melanoma ser o mais frequente, o melanoma, embora menos comum, é o tipo mais agressivo e com maior chance de metástase. Ela lembra também que a doença pode surgir em áreas menos observadas, como planta dos pés, palmas das mãos e até nas unhas.
Diagnóstico precoce aumenta chances de cura
Realizar acompanhamento periódico é determinante para o diagnóstico precoce e para um tratamento mais eficaz. Quando identificado nos estágios iniciais, o melanoma tem taxa de cura entre 80% e 95%; em fases avançadas, esse índice pode cair para 35% a 65%.
“Com o diagnóstico precoce, as chances de cura aumentam significativamente. Além disso, evitam-se complicações, sequelas e tratamentos mais agressivos”, explica Renata Trindade.
A especialista orienta que adultos a partir de 20 anos realizem consultas dermatológicas anuais, mesmo sem sintomas. Já crianças e adolescentes devem ser avaliados em caso de alergias, acne, dermatite, queda de cabelo, infecções na pele, manchas suspeitas ou pintas que mudem de cor, tamanho ou formato.
Pessoas com histórico familiar de câncer de pele, fototipo baixo ou casos de melanoma devem iniciar o acompanhamento regular ainda na adolescência.
Fatores de risco
Embora qualquer pessoa possa desenvolver câncer de pele, alguns grupos apresentam risco aumentado e precisam redobrar os cuidados. São eles:
• indivíduos de pele clara, que se queimam com facilidade e quase não bronzeiam;
• pessoas com olhos claros, sardas ou muitas pintas (especialmente assimétricas ou multicoloridas);
• quem possui histórico familiar de melanoma;
• pessoas com sistema imunológico comprometido, como transplantados e usuários de imunossupressores;
• profissionais que trabalham expostos ao sol;
• pessoas com histórico de queimaduras solares intensas.
Atendimentos no Sesc-DF
O Sesc-DF disponibiliza consultas com dermatologistas ao público em geral nas unidades 504 Sul, 913 Sul e Setor Comercial. O credenciado na categoria comerciário, dependente ou gerontologia tem desconto no atendimento.
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