Em discurso firme na Câmara Legislativa, deputado defende instalação de câmeras nas escolas públicas e responsabiliza a erosão de valores pela escalada da violência no DF
Durante discurso no plenário da Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF), o deputado Daniel de Castro (PP) fez uma contundente crítica à esquerda e ao que classificou como “erosão moral” que estaria corroendo as bases da convivência social no país. O parlamentar abordou o tema ao defender o Projeto de Lei nº 944/2024, em tramitação conjunta com o PL nº 1.211/2024, que propõe a instalação de sistemas de segurança com câmeras de vídeo nas escolas públicas do Distrito Federal.
Segundo Daniel de Castro, a iniciativa tem como objetivo proteger alunos, professores e toda a comunidade escolar, diante do aumento preocupante dos casos de violência dentro e fora das instituições de ensino. O parlamentar afirmou que o debate sobre o tema reflete a necessidade urgente de recuperar valores éticos e morais que, segundo ele, vêm sendo enfraquecidos nas últimas décadas.
“O tema que me traz à tribuna nesta tarde é de extrema gravidade. E tenho convicção de que a sociedade brasileira precisa refletir sobre o tempo em que estamos vivendo e sobre o legado que deixaremos para as próximas gerações”, iniciou o deputado.
O parlamentar citou uma série de matérias jornalísticas que evidenciam a escalada da violência no DF:
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CNN Brasil (9/5/2025): “Adolescente é hospitalizado após ser agredido em escola do DF”;
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G1 (9/9/2025): “Estudante fica inconsciente após ser enforcado por jovem usando capuz na saída da escola no DF”;
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G1 (3/10/2025): “Adolescente de 15 anos é esfaqueado por colega em escola pública no Distrito Federal”;
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Metrópoles (29/9/2025): “Em sete meses, 970 crianças sofreram violência doméstica no DF”.
Para Daniel de Castro, esses casos são sintomas claros de um colapso moral e social decorrente da destruição de valores tradicionais.
“Vivenciamos o resultado da desconstrução de nossos valores e da destruição dos pilares que sempre nos sustentaram. Fechamos os olhos, silenciamos e não denunciamos os desmandos que hoje tomam conta da sociedade. A apologia ao crime é tolerada, e até incentivada, enquanto pais e mães já não se indignam com a exposição de crianças a padrões de sexualização precoce e violência”, declarou.
O deputado também criticou o que chamou de relativização da liberdade de expressão e o discurso de setores progressistas contrários à instalação de câmeras nas escolas.
“Vivemos um tempo perigoso no qual a simples instalação de câmeras em sala de aula, para proteger alunos e professores, se torna algo inaceitável para a esquerda”, afirmou.
Daniel de Castro destacou ainda o alerta histórico de Rui Barbosa, lembrando que “se em algum momento o direito e a justiça entrarem em conflito, a justiça deve prevalecer, pois o direito pode se tornar instrumento da injustiça quando usado para soltar quem deveria estar preso”.
O parlamentar concluiu seu discurso afirmando que o Estado deve retomar sua finalidade original, garantindo segurança, educação e moralidade pública.
“A sociedade brasileira deve urgentemente resgatar seus valores e princípios, proteger seus adolescentes e impor limites. O Estado precisa cumprir a função para a qual foi instituído, pois hoje parece exercer o monopólio da força apenas contra quem tenta viver honestamente”, finalizou.
Com o discurso, Daniel de Castro consolidou sua posição como uma das vozes mais firmes do campo conservador na CLDF, defendendo a restauração dos valores familiares e morais como caminho para conter a crise social e o avanço da violência no país.