Entenda a batalha judicial entre filhos e sobrinho pelo legado de Renê Senna, vencedor da Mega-Sena
No caso envolvendo a herança deixada por Renê Senna, lavrador que ganhou R$ 52 milhões na Mega-Sena e acumulou R$ 100 milhões com investimentos, a disputa judicial é intensa entre seus nove filhos e um sobrinho. Renê foi assassinado em 2007, e desde então, múltiplos testamentos têm sido apresentados, complicando ainda mais a resolução do espólio.
Inicialmente, Renata Almeida Senna, filha de Renê, conseguiu um testamento que a declarava como única herdeira, estipulando que ela deveria receber metade da fortuna. Esta decisão foi contestada pelos oito irmãos e um sobrinho, representados pelo advogado Sebastião Mendonça, que argumentaram a nulidade do último testamento de Renê, apontando irregularidades na testemunha que o validou.
Em novembro de 2021, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) decidiu que Renata teria direito a 50% da herança, cerca de R$ 43 milhões, excluindo a venda de uma fazenda que elevou o total para pouco mais de R$ 53 milhões. Adriana Ferreira Almeida Nascimento, viúva de Renê e condenada pelo assassinato dele, tentou validar um terceiro testamento que a beneficiava, mas foi negado pela justiça.
No entanto, em setembro de 2023, Renata alegou que o terceiro testamento havia caducado e apresentou um novo documento, no qual ela figura novamente como a única herdeira. Isso provocou uma nova rodada de disputas legais, com a defesa dos outros herdeiros tentando reverter a situação.
A complexidade do caso é agravada pelos interesses conflitantes e pela sucessão de testamentos controversos escritos por Renê entre 2005 e 2006. A situação é complicada ainda mais pela trágica morte de Renê, encomendada pela própria esposa Adriana, após desavenças decorrentes de uma suposta traição descoberta por ele. O desfecho desse embate legal ainda está pendente, com as partes envolvidas buscando resolver os impasses judiciais em torno da herança milionária deixada pelo ganhador da Mega-Sena.
