A Receita Federal já disponibilizou os formulários para quem vai declarar o Imposto de Renda 2021.
O prazo para acertar as contas com o Leão se inicia nesta segunda-feira, 1º de março, e vai até 30 de abril.
O governo espera receber aproximadamente 32,6 milhões de declarações, totalizando cerca de R$ 19,6 bilhões em tributos, valor semelhante ao registrado em 2020.
A declaração é a forma de filtrar quem pagou a mais e quais contribuintes deixaram de quitar todos os tributos no ano anterior. Essa conta é feita automaticamente pela Receita Federal enquanto o formulário de declaração é preenchido.
Quem pagou mais impostos do que deveria tem direito à restituição, ou seja, receber essa diferença do governo.
Já quem não pagou todos os tributos deve quitar as contas com o Fisco. Segundo dados da Receita Federal, 60% dos contribuintes que devem declarar este ano têm algum valor para ser restituído, enquanto 19% devem impostos.
Outros 21% ficarão empatados, isto é, não devem pagar nenhum tributo, mas também não têm direito a receber algo.
O calendário da restituição do Imposto de Renda 2021 foi dividido em cinco lotes entre 31 de maio e 30 de setembro.
Cada lote, sempre no último dia útil do mês, representa uma nova remeça de contribuintes que serão pagos pela Receita Federal. Por lei, o primeiro lote é reservado para a restituição de pessoas acima de 60 anos, portadores de doenças graves e professores.
O restante é pago de acordo com a ordem de envio, ou seja, quanto mais cedo o contribuinte encaminhar a declaração, maiores as chances de ele ser restituído nos primeiros lotes.
“A principal dica é deixar junto toda a documentação necessária e fazer a declaração o quanto antes. O programa da Receita tem pouca mudança em relação aos anos anteriores”, afirma o advogado tributarista e especialista em Imposto de Renda, Samir Choaib, sócio do escritório Choaib, Paiva e Justo Advogados.
Além de garantir as primeiras posições na fila para a restituição, adiantar o preenchimento da declaração do Imposto de Renda dá tempo de ir atrás de documentos faltantes ou corrigir erros.
No ano passado, a Receita Federal prorrogou a data limite da entrega para 30 de junho por conta da pandemia do novo coronavírus. A medida não deve ser repetida neste ano.
Para Choaib, a predominância do trabalho remoto e as medidas de isolamento social devem diminuir o velho hábito de deixar para fazer a declaração em cima da hora.
“Uma parte relevante das pessoas ainda deixa para os últimos dias. O ideal é separar a documentação e já começar a fazer, assim há tempo para solicitar documentos faltantes, corrigir informações erradas”, diz.