Dia do Professor: Gadêlha Loureiro comemora o sorriso, o abraço, a esperança da criança naquele que ensina

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TudoOK Notícias buscou o professor Gadêlha que leciona no Centro de Ensino Médio 09 em Ceilândia, para saber o que de fato ele comemora no seu dia, neste 15 de outubro. Sua reposta pode ser surpreendente para muitos. 

O professor e Diretor de Centro de Ensino Médio 09 de Ceilândia,  Gadêlha Loureiro, é bastante conhecido. E tem uma visão muito particular do que comemorar no Dia do Professor. “Podemos comemorar a nossa luta, o nosso trabalho, a nossa dedicação, o sorriso de uma criança quando ele encontra um professor, sua única esperança. O olhar de uma aluno quando ele te abraça e diz que ele teve sucesso por conta das lições do professor”, elencou o professor.

Na visão de Gadêlha, apesar do clima de adversidade ser o maior possível, o “professor está sempre plantando esperança no aluno. Sempre buscando nesse esteio, nesse deserto de mediocridade, nesse vazio profundo que nos invade”.

Ele acredita também que o professor está sempre, através do ensino, da dedicação, da sua profissão, mostrando para o aluno, para essa criança, esse jovem que “o outro mundo é possível, que o país ainda tem esperança desde que tenhamos, devamos e nos preocupemos com o professor”.

Quanto à questão da valorização do professor pela sociedade, Gadêlha lembrou, “sem querer comparar, e, no entanto, fazendo um pequeno paralelo”, do Japão.

Gadêlha contou que no Japão há um decreto criado pelo imperador que virou costume. Todos têm que fazer reverência ao imperador. Menos o professor. Ao contrário, é o imperador que faz reverência ao professor.

“Por quê? Diz mesmo o imperador que num pais, numa sociedade que não se valoriza o professor essa sociedade não pode ter imperador. Essa sociedade, estendendo para a nossa sociedade não pode ter presidente da República, não pode ter jornalista, não pode ter radialista, não pode ter médico”, observou.

“Ou essa sociedade brasileira valoriza de fato o professor, ou ela se tornará cada vez mais violenta. Portanto é de fundamental importância a valorização. Mas não é com discurso chocho, discurso da boca para a fora”, ressaltou ele.

O professor acrescenta que “é efetivamente lutando para que as escolas tenham mais condições para que o professor tenha mais condições e, principalmente, os pais educando seus filhos para que o professor possa dar uma aula tranquila”.

Com respeito a quais ferramentas podem ajudar na valorização do professor, Gadelha foi direto. “Todas, todas as que sejam para agregar, para adensar, agenciar, acrescentar no trabalho do professor será muito importante. Não são milhas, tecnologias digitais por si só.”

“São espaço, valorizações, respeito, reconhecimento de fato, são escolas melhores equipadas, construídas, valorizadas, respeitadas que podem, sim, fazer de fato uma educação melhor. E, portanto, maior valorização do professor. Não existe sociedade desenvolvida com a carreira do magistério desvalorizada”, vaticinou Gadêlha.

Reproduzimos na íntegra a mensagem que Gadelha deixa para professores no Dia do Professor:

“Eu, enquanto professor, deixo para todos os meus colegas e para a sociedade como um todo. Gente, é impossível uma sociedade sem professor. Gente, é impossível combater a criminalidade sem valorizar o professor. Gente, é impossível retirar esses jovens da caverna de Platão digital. E, hoje, eles vivem sem escutar-nos, os professores. O professor é aquele sujeito que apresenta o mundo a esses jovens, que, por onde passa, deixa um raio de esperança. Por isso, professor, continue nesse dia, acreditando, estudando, melhorando, se aperfeiçoando para que tenhamos no futuro uma sociedade melhor. Como diria o grande Rubens Alves, ser professor é plantar tâmara, nem sempre colhemos dessa horta que plantamos. Plantar educar. Plantar educação é plantar tâmara. É pensar a longo prazo que os frutos virão.”

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