Parceria entre Distrito Federal e países africanos visa impulsionar comércio e cooperação em diversas áreas por meio do Plano de Negócios
Com o objetivo de impulsionar as relações comerciais entre o Distrito Federal e nações africanas, o secretário de Relações Internacionais, Paco Britto, e o presidente do Sistema Fecomércio DF, José Aparecido Freire, finalizaram os detalhes do Plano de Negócios da pasta, que será executado em conjunto com o setor de comércio, serviços e turismo da capital. A primeira edição do projeto será focada na Comunidade Econômica dos Estados da África Ocidental (Cedeao). Freire ressaltou a importância de colocar o plano em ação, enquanto foram delineadas as primeiras ações do plano, incluindo a criação de um selo de origem para produtos locais, a organização de caravanas internacionais de negócios e a criação de uma plataforma online com informações econômicas e preços de mercadorias.
O plano de negócios foi formalizado por meio da assinatura de um memorando de entendimento em abril deste ano. Uma das iniciativas já ocorreu em maio, com a celebração do Dia Internacional da África, onde 33 embaixadas participaram de encontros de negócios e um evento cultural no Museu de Arte de Brasília (MAB), reunindo mais de mil pessoas.
O secretário Paco Britto destacou a relevância do plano para promover os produtos e tecnologias do Distrito Federal no continente africano. Ele mencionou que a Cedeu é uma rota estratégica para o escoamento de mercadorias brasileiras, devido à logística facilitada de entrada pelo Atlântico. Entre os estados membros da Cedeao estão nações como Cabo Verde, Gana, Libéria, Nigéria, Senegal e Togo, muitas das quais já mantêm relações comerciais com o Distrito Federal. Segundo dados da plataforma Comex Stat do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, o DF exportou US$ 26 milhões para o continente africano em 2022, abrangendo produtos como peças de aves e bovinos, aparelhos de filtragem de água, maquinários agrícolas, motores e querosene de aviação.
Em contrapartida, países africanos venderam cerca de US$ 121 milhões para o Distrito Federal, incluindo itens como tecidos, vestuário, aparelhos elétricos de telefonia, móveis de madeira e produtos de cristal. Aparecido ressaltou o objetivo de expandir a variedade de produtos em ambos os lados, destacando o potencial de exportação de serviços, como softwares e jogos eletrônicos, além da possibilidade de explorar pesquisas e projetos em setores como turismo, educação, ciência, tecnologia e inovação através dessa parceria.