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Por Maurício Nogueira
O Sindicato dos Servidores das Carreiras que compõem os Órgãos e Entidades Executivas de Trânsito do Distrito Federal (SINDETRAN-DF) continua preocupado com as nomeações da Diretoria do Departamento de Trânsito do Distrito Federal (DETRAN-DF), que podem provocar reflexos negativos para o bom funcionamento do Departamento de Trânsito do Distrito Federal (DETRAN-DF). O Tudo OK Notícias levantou que o desequilíbrio da balança das indicações para a diretoria do órgão ficará evidente nos próximos dias. Sinal amarelo aceso para o Palácio do Buriti.
Em nome do bom funcionamento do órgão e antes que sejam chanceladas nomeações equivocadas por parte do governador do Distrito Federal (GDF), Ibaneis Rocha, o Palácio do Buriti deve buscar o equilíbrio entre os servidores administrativos e os agentes de trânsito.
A preocupação do SINDETRAN-DF com a situação de nomeações remonta ao ano passado. Ou seja, não atenderam solicitação da entidade desde novembro do 2018, que visava tão-somente o equilíbrio de poder e representação das carreiras no comando do DETRAN-DF.
Um exemplo, é que para as os cargos de diretor-geral e diretor-adjunto foram nomeados dois agentes de trânsito. O que se defende é que o adjunto fosse um servidor administrativo.
DE SÃO PAULO PARA BRASÍLIA
Além disso, o servidor nomeado para Diretoria de Engenharia não pertence ao quadro do DETRAN-DF. É proveniente da Companhia de Engenharia de Trânsito (CET), ligado ao DETRAN-SP.
Trata-se de Dawton Roberto Batista Gaia (veja abaixo publicação no Diário Oficial do Estado de São Paulo), que foi transferido da CET para a Diretoria de Engenharia do DETRAN-DF. Com um detalhe, inclusive, nesse caso, podendo acumular rendimentos dos dois órgãos de trânsito. O que, para o SINDETRAN-DF, poderá influenciar, negativamente, a coesão entre as duas categorias, refletindo no desempenho do DETRAN-DF.
SENSATEZ
Em suma, para o SINDETRAN-DF, o mais sensato é a Diretoria-Geral ficar sob o comando de uma carreira enquanto a Diretoria-Adjunta ser dirigida pela outra. E quanto às demais diretorias, gerências e chefias ficariam cada uma com as respectivas categorias.
PARA MOTIVAR AS CARREIRAS
E mais, desta forma, prestigiaria a especialidade de cada categoria com uma divisão justa no poder do órgão. Além de proporcionar ao DETRAN-DF melhor desempenho. E, claro, a categoria ficaria mais motivada.
Na visão do presidente do SINDETRAN-DF, Fábio Medeiros, os cargos já foram utilizados como “moeda de troca”, aos moldes da ultrapassada e perniciosa maneira de praticar política.
Ele lembra que no período anterior a 2007 os indicados eram apadrinhados políticos e, inclusive, por coronéis da Polícia Militar (PM-DF) que comandavam o DETRAN-DF.
EQUILÍBRIO É PRECISO
Medeiros entende que no quadro de servidores há profissionais, altamente, capacitados para assumir as funções dentro do DETRAN-DF. Além disso, ele crê que os cargos vinculados a “coronéis” não faz parte da realidade atual.
“Lutamos para que nossos servidores assumam o comando, porém, a tradição que acompanhamos nos últimos anos é essas vagas serem ocupadas como moeda de troca. Agora, a discussão é outra. Superamos a fase dos coronéis, mas agora ao que parece o problema é a possível falta de representação entre as carreiras”, explica o presidente do SINDETRAN-DF.
MAS NÃO É BEM ASSIM
O Tudo Ok Notícias apurou que as nomeações no DETRAN-DF serão concluídas em breve. E que a “balança” das nomeações não vai equilibrar. Pelo visto, nos bastidores, serão substituídos vários cargos, funções e postos ocupados por servidores administrativos e nomearão apenas agentes de trânsito.
“Parece que o alerta dado não foi levado em conta. Vamos monitorar e ficar atentos. O DETRAN-DF é de todos nós. Servidores de carreira, sim, mas cada um no seu quadrado”, defende uma fonte que preferiu não se identificar.
