Na retomada do julgamento da tentativa de golpe, ministra deve apresentar voto direto e incisivo, com chance de consolidar maioria pela condenação de Jair Bolsonaro
Conforme havia antecipado na terça-feira (9), o ministro Luiz Fux não concedeu apartes — breves interrupções para observações de colegas — durante seu voto no julgamento da tentativa de golpe.
Na quarta-feira (10), ao divergir frontalmente do relator Alexandre de Moraes, Fux discursou por mais de doze horas na Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF), interrompendo apenas para o almoço e pequenas pausas de dez minutos.
Enquanto o ministro falou sem qualquer intervenção ao absolver Jair Bolsonaro e outros réus, colegas da Corte e até advogados de acusados aguardam para esta quinta-feira (11) um contraponto firme: o voto da ministra Cármen Lúcia.
Conhecida pelo estilo direto, Cármen deve apresentar uma manifestação menos extensa, mas incisiva, com potencial de formar maioria pela condenação do ex-presidente, alinhando-se a Alexandre de Moraes e Flávio Dino.
A ministra será a primeira a votar na retomada da sessão, às 9h. Em seguida, caberá ao presidente da Primeira Turma, Cristiano Zanin, encerrar a rodada de votos.