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Quem paga a conta? ‘o povo’

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Rafaela Felicciano/Metrópoles
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TRF-1 confirma indenização e pensão vitalícia a Dilma Rousseff, reacendendo debate sobre memória, responsabilidade do Estado e custo público

O Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1) confirmou a condenação da União ao pagamento de R$ 400 mil em indenização por danos morais à ex-presidente Dilma Rousseff, além da concessão de pensão vitalícia. A decisão, relatada pelo desembargador João Carlos Mayer Soares, reconhece a “excepcional gravidade” das violações cometidas contra Dilma durante a ditadura militar, incluindo prisões arbitrárias, perseguições políticas e tortura institucionalizada — fatores que, segundo o tribunal, deixaram sequelas físicas e psicológicas permanentes.

A 6ª Turma do TRF-1 manteve a responsabilização do Estado e ampliou o alcance da reparação, entendendo que os impactos ultrapassaram o sofrimento imediato e interferiram diretamente na trajetória profissional da ex-presidenta, justificando a pensão baseada na carreira interrompida por motivos políticos. O entendimento acompanha decisões históricas que reconhecem a obrigação do Estado brasileiro de reparar violações de direitos humanos cometidas pelo regime autoritário.

Contudo, a decisão também reacende um debate sensível e politicamente carregado. De um lado, especialistas em direitos humanos defendem que a reparação é um dever civilizatório e jurídico: não se trata de premiar figuras públicas, mas de reafirmar princípios democráticos e o reconhecimento de crimes de Estado. De outro, críticos questionam o impacto financeiro dessas indenizações em um país com severas desigualdades e problemas orçamentários, além de levantar discussões sobre seletividade e transparência nos critérios de concessão.

A União ainda pode recorrer, mas o julgamento reforça um ponto central: o Brasil continua disputando sua memória histórica. As decisões judiciais não apenas corrigem injustiças individuais, mas também funcionam como afirmação institucional de que tortura, perseguição política e supressão de direitos não podem ser relativizadas. Enquanto parte da sociedade insiste em minimizar o legado da ditadura, o Judiciário reafirma a responsabilidade estatal e mantém viva uma discussão que o país, ao que tudo indica, ainda não encerrou.

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