Pai de auditor afastado do TCU é amigo de Bolsonaro e tem cargo na Petrobrás

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O pai do auditor do Tribunal de Contas da União (TCU) Alexandre Marques, investigado pela elaboração e vazamento de um documento citado pelo presidente Jair Bolsonaro na segunda-feira, é um coronel reformado do Exército da mesma turma do presidente na Academia Militar das Agulhas Negras (AMAN) e que, no governo de Bolsonaro, ganhou um cargo na gerência de inteligência da Petrobras.

Fontes afirmam que Alexandre teria dito a seus superiores que seu pai, Ricardo Silva Marques, é que teria sido o responsável pelo vazamento do documento ao presidente.

A informação de que Ricardo Silva Marques é pai do auditor do TCU, tem um cargo na Petrobras e se reuniu com Bolsonaro foi dada no início da tarde pelo Metrópoles.

Ricardo Silva Marques se formou na AMAN em 1977, mesmo ano que o presidente se graduou na academia. Em 2020, Marques foi reformado como coronel do Exército. Um ano antes, em 2019, ele assumiu a gerência executiva de Inteligência e Segurança Corporativa da Petrobras. Estima-se que o salário para o cargo seja de aproximadamente R$ 50 mil.

A proximidade entre os dois remonta os anos da AMAN, mas, nos bastidores, diz-se que a amizade dos se manteve relativamente estável ao longo dos último sanos. Em 2020, por exemplo, em meio a protestos contra o presidente, seu nome apareceu em um manifesto de apoio a Bolsonaro assinado por formandos da turma de 1977 e publicado em um site especializado na cobertura de assuntos de Defesa.

O contato se manteve também durante o período em que Bolsonaro passou a ocupar a presidência da República. A agenda oficial de Bolsonaro mostra que ele e Ricardo Silva Marques se reuniram pelo menos duas vezes no Palácio do Planalto em 2019.

O primeiro encontro ocorreu no dia 11 de junho de 2019. O segundo, seis meses depois, em 27 de dezembro de 2019. Em fevereiro deste ano, ele também se encontrou com o vice-presidente da República, Hamilton Mourão, também no Palácio do Planalto.

O nome de Ricardo Silva Marques veio à tona após a revelação de que seu filho, Alexandre Marques, seria um autor do documento mencionado por Bolsonaro na segunda-feira.

A apoiadores, Bolsonaro disse que um relatório elaborado pelo TCU teria constatado que o número de mortes por Covid-19 no Brasil estaria superdimensionado. A tese já vinha sendo defendido pelo próprio presidente no início da pandemia. Em 2020, ele chegou a dizer que governadores estariam inflando os dados da Covid-19 com fins políticos, mas ele nunca apresentou dados que corroborassem essa tese.

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