Os fanatizados ou obcecados

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Por Miguel Lucena

O fanatizado se denuncia rápido. Em qualquer ambiente, seja numa sessão de cinema, numa festa de aniversário ou até no quarto escuro, ele arruma um jeito de trazer à tona o tema que o possui.

Enquanto todos comentam o filme, ele suspira: “E fulano, hein?”. No meio do bolo de parabéns, solta: “Mas você viu o que disse o meu líder?”. Até no instante mais íntimo, entre suspiros e gemidos, arrisca um desabafo: “Trump é foda!”. Se não for Trump, pode ser Bolsonaro ou Lula.

O fanatizado não respira outro ar. Disfarça mal, como quem tem vício secreto: coçar a bunda ou cutucar o nariz. Faz de conta que não, espera o momento certo, e, quando ninguém olha, lá está de novo, repetindo o gesto. A obsessão é a coceira da alma: quem a tem não resiste a exibi-la.

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