Novo equipamento no Hran aprimora cirurgias de fissura palatina

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Aparelho adquirido pela unidade amplia o conforto, a precisão e a segurança dos pacientes que precisam ser submetidos a cirurgias para correções na face. Foto: Jhonatan Cantarelle/Agência Saúde D
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Equipamento permite recuperação menos dolorosa e mais rápida após cirurgias reconstrutivas

O Hospital Regional da Asa Norte (Hran) deu um passo importante na modernização de seus procedimentos cirúrgicos ao realizar, na última semana, a primeira cirurgia com o motor de vibração ultrassônica Piezo. A tecnologia, recém-adquirida pela unidade, eleva o padrão de precisão, conforto e segurança no atendimento a pacientes com fissuras palatinas, especialmente em casos que exigem a reconstrução óssea da face.

O pioneiro da nova técnica foi Felipe Alves, de 12 anos, nascido com fenda palatina e lábio leporino. Ao longo da vida, ele passou por todas as etapas de tratamento no próprio Hran — trajetória que a mãe, Lorena Alves, 34, descreve com gratidão e confiança. “O hospital sempre esteve de portas abertas. A equipe é excelente, sempre muito atenta e acolhedora”, afirma.

Apesar da apreensão natural antes de mais uma cirurgia, Lorena relata que o profissionalismo da equipe transmitiu serenidade. “Cada procedimento é uma emoção diferente. Mas sei que eles estudam muito o caso e buscam sempre melhorar. Estou confiante”, destacou.

Avanço cirúrgico

A técnica consiste na retirada de um pequeno fragmento do osso da bacia para reconstrução do arco maxilar. O enxerto é amplamente utilizado devido à alta compatibilidade com a região, favorecendo a integração e a continuidade do tratamento.

Antes da chegada do Piezo, a extração óssea era realizada com instrumentos manuais, como martelos e talhadeiras, o que aumentava o risco de trauma nos tecidos e prolongava o processo de recuperação. Com a nova tecnologia, o corte ósseo passa a ser feito por vibração ultrassônica, proporcionando mais precisão, menor sangramento, redução do edema e recuperação significativamente mais rápida.

Para o coordenador do Serviço Multidisciplinar de Atendimento a Fissuras Labiopalatinas do Hran, Marconi Delmiro, o equipamento representa um salto de qualidade. “O novo instrumento facilita o procedimento tanto para os profissionais quanto para os pacientes. Reduz tempo cirúrgico, sangramento e risco de necrose. É um grande avanço para a melhoria do atendimento”, ressaltou.

O que é fissura palatina?

As fissuras labiopalatinas são as malformações congênitas mais frequentes na região da cabeça e pescoço. No Brasil, estima-se que um caso seja registrado a cada 650 nascimentos. A fissura ocorre quando o palato — o céu da boca — não se fecha completamente durante o desenvolvimento embrionário, podendo vir acompanhada de fissura labial. Sem tratamento, a condição pode provocar dificuldades de alimentação, fala, respiração, audição e impactos psicológicos.

Referência regional

O Serviço Multidisciplinar de Atendimento a Fissurados do Hran é referência na região Centro-Oeste. A unidade se destaca pelo atendimento interdisciplinar e pela excelência nos resultados obtidos. O diagnóstico precoce é fundamental para garantir a orientação adequada, especialmente sobre alimentação, além do encaminhamento para acompanhamento multiprofissional especializado.

Os atendimentos no ambulatório são realizados às segundas-feiras, das 14h às 18h, no corredor laranja do Hran.

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