Na ONU, Lula reage a sanções dos EUA e defende democracia

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Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, durante a abertura do Debate Geral da 80.ª Sessão Ordinária da Assembleia Geral das Nações Unidas. Sede da Assembleia Geral das Nações Unidas, Nova York (EUA) Foto: Ricardo Stuckert / PR
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Lula critica sanções dos EUA e defende democracia em discurso na ONU

No discurso de abertura da Assembleia Geral da ONU, nesta terça-feira (23), em Nova Iorque, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou que “atentados à soberania, sanções arbitrárias e intervenções unilaterais estão se tornando regra” no cenário internacional.

Segundo Lula, há um “evidente paralelo entre a crise do multilateralismo e o enfraquecimento da democracia”. A fala marcou um contraponto direto às políticas do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que discursou em seguida.

A declaração ocorre em meio a novos atritos diplomáticos. Na segunda-feira (22), a Casa Branca enquadrou Viviane Barci, esposa do ministro Alexandre de Moraes (STF), na Lei Magnitsky, além de revogar o visto de Jorge Messias, advogado-geral da União. A medida foi vista como mais um capítulo da reação norte-americana à condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) a 27 anos e três meses de prisão por tentativa de golpe de Estado — processo que Trump tem classificado como “caça às bruxas” conduzida pelo Judiciário brasileiro.

Desde o início da ofensiva contra Bolsonaro, Washington aplicou sanções individuais a autoridades brasileiras e determinou tarifas de 50% sobre produtos nacionais exportados aos EUA. Lula, por sua vez, tem denunciado tais medidas como violações à soberania.

Na ONU, ele também reforçou a legitimidade da condenação de Bolsonaro.
“Pela primeira vez em 525 anos de nossa história, um ex-chefe de Estado foi condenado por atentar contra o Estado Democrático de Direito. Foi investigado, indiciado, julgado e responsabilizado em um processo minucioso, com amplo direito de defesa — prerrogativa que as ditaduras negam às suas vítimas. Diante dos olhos do mundo, o Brasil deu um recado a todos os candidatos a autocratas e seus apoiadores: nossa democracia e nossa soberania são inegociáveis”, declarou.

Veja o discurso de Lula

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