Guedes (Bolsonaro) X Toffoli (Lula)

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Os holofotes motivam autoridades a se manifestar, mesmo com diferença de um dia, na atual conjuntura.

Uma dia após, aproximadamente, o ministro da Economia criticar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que convocou militância a ir para “a rua, agora, para fazer quebradeira”, Toffoli saiu em defesa, indiretamente, de Lula, dizendo que “não se constrói o futuro com experiências fracassadas do passado”.

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Dias Toffoli, disse hoje que o AI-5 é “incompatível com a democracia”. A declaração rebateu Paulo Guedes, que disse não ser possível se assustar com a ideia de alguém pedir o AI-5 diante de uma eventual radicalização dos protestos no Brasil.

“Não se constrói o futuro com experiências fracassadas do passado”, disse Toffoli, durante o encontro nacional do Poder Judiciário em Maceió. Além do presidente do STF, políticos também se manifestaram sobre a declaração de Guedes.

Democracia

Durante entrevista coletiva nesta segunda-feira (25) em Washington, o ministro da Economia disse que os discursos do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que saiu da prisão no último dia 9, levam ao acirramento das ações do governo de Jair Bolsonaro.

“É irresponsável chamar alguém pra rua agora pra fazer quebradeira. Pra dizer que tem que tomar o poder. Se você acredita numa democracia, quem acredita numa democracia espera vencer e ser eleito. Não chama ninguém pra quebrar nada na rua. Ou democracia é só quando o seu lado ganha? Quando o outro lado ganha, com dez meses você já chama todo mundo pra quebrar a rua? Que responsabilidade é essa? Não se assustem então se alguém pedir o AI-5. Já não aconteceu uma vez? Ou foi diferente?”, disse Guedes, em referência ao período de 20 anos de ditadura militar que o país viveu.

Radicalismo não cabe

Datado de 1968, o AI-5 fechou o Congresso Nacional, cassou mandatos, suspendeu o direito a habeas corpus para crimes políticos, entre outras medidas que suspenderam garantias constitucionais. O ato é considerado o princípio do período mais duro da ditadura.

Convocar militância para ir para rua, liderando comportamento nada democrático, ou quebra-quebra, é insuflar o início de uma distensão que todos sabem onde pode acabar, no caso do ex-presidente estimuladíssimo a aparecer. Agora, puxar para si o farol da democracia criticando um ato do passado, não equilibra a contenda, no caso do Toffoli. Pelo contrário, tentativa de busca de holofote oportunista. E não é a primeira vez. Com informações do UOL.

Foto: Marcos Correa/Presidência da República

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