Briga política acirra crise com EUA

Compartilhar:
Facebook
Twitter
LinkedIn
WhatsApp
Telegram
[views count="1" print= "0"]
Foto: Facebook
[tta_listen_btn listen_text="Ouvir" pause_text="Pause" resume_text="Retomar" replay_text="Ouvir" start_text="Iniciar" stop_text="Parar"]

 

Rui Costa compara família Bolsonaro a “sequestradores” e Flávio acusa ministro de amadorismo e desvio de foco

 

 

A polarização entre esquerda e direita mais uma vez domina o debate político brasileiro, agora em torno da crise gerada pela imposição de tarifas de até 50% sobre produtos brasileiros anunciadas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. O embate, marcado por trocas de acusações entre o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) e o ministro da Casa Civil, Rui Costa (PT), expõe os efeitos colaterais da disputa ideológica no cenário internacional e seus reflexos sobre a economia nacional.

Durante agenda neste domingo (13), na Bahia, Rui Costa afirmou que os filhos do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) agem como “sequestradores” ao lidarem com a questão tarifária, comparando vídeos publicados por eles a “filmes de sequestro”. Para o ministro, a postura da família Bolsonaro contribui para o agravamento do problema diplomático com os Estados Unidos.

“Eu vi os vídeos dos filhos dele. Parece aqueles vídeos de filmes de sequestradores”, disse Costa. “Agora a gente está vendo coisa até pior, uma postura de sequestrador por parte da família deles”, declarou.

Em resposta, Flávio Bolsonaro concedeu entrevista à CNN Brasil também neste domingo, na qual acusou Rui Costa de “amadorismo” e de estar mais preocupado em culpar adversários políticos do que em enfrentar a crise internacional. Segundo o senador, a gestão petista falhou na condução da política externa, o que teria contribuído para a decisão de Trump.

“Prefere ver o Brasil ser taxado em 200% do que sentar como adulto na sala”, afirmou Flávio. “Fico impressionado com o amadorismo de Rui Costa. Está mais preocupado em culpar alguém do que resolver a grave situação que o Brasil se encontra, em parte por causa da catastrófica política externa de Lula”, completou.

Flávio Bolsonaro também voltou a defender a aprovação da anistia aos envolvidos nos atos de 8 de janeiro, alegando que isso seria fundamental para evitar a entrada em vigor das tarifas no dia 1º de agosto. Ele apelou inclusive aos parlamentares do Partido dos Trabalhadores para que votem a favor da medida.

“Espero contar com os votos do PT no Congresso para aprovar, o mais rápido possível, a anistia ampla, geral e irrestrita. Esse é o primeiro passo para a taxação de 50% não entrar em vigor já agora no dia 1º de agosto. Quem for contra a anistia, é contra o Brasil”, afirmou o senador.

O episódio evidencia como o confronto ideológico tem obscurecido o debate racional sobre interesses comerciais e diplomáticos do país. Enquanto o Brasil tenta lidar com os impactos diretos do novo pacote tarifário norte-americano, os embates políticos internos revelam uma preocupante falta de unidade estratégica no enfrentamento da crise.

Mais lidas

Feira de Natal do Empreendedor Criativo va...
Disputa pelo GDF ganha novo protagonista
Canal Saúde Goiás alcança mais de 3 milhõe...
...