As pessoas só acreditam no que querem?

Compartilhar:
Facebook
Twitter
LinkedIn
WhatsApp
Telegram
[views count="1" print= "0"]
[tta_listen_btn listen_text="Ouvir" pause_text="Pause" resume_text="Retomar" replay_text="Ouvir" start_text="Iniciar" stop_text="Parar"]

 

 

Por Miguel Lucena

Dizer que as pessoas só acreditam no que querem é quase verdade, mas, como toda meia-verdade, carrega sua dose de ilusão.
O ser humano tem um radar seletivo: ignora o que o contraria, acolhe o que o conforta. A ciência chama isso de viés de confirmação; o povo chama de teimosia.
Há quem veja fraude até em eclipse solar, mas acredite piamente no horóscopo da vizinha. A crença, muitas vezes, não obedece à razão, mas à conveniência emocional. É mais fácil duvidar do que incomoda do que repensar certezas. No entanto, basta um choque de realidade — um flagrante, uma perda, uma dor — para a crença ruir como castelo de areia.
Ninguém deseja acreditar que foi traído, enganado ou manipulado, mas a verdade tem o pé pesado: quando entra, derruba o que encontra. No fundo, as pessoas acreditam, sim, no que querem — até que a vida as obrigue a querer outra coisa.

Mais lidas

Caiado reage e chama Ciro Nogueira de “sen...
Caminhada pela anistia reúne apoiadores de...
Brasil se destaca no pôquer mundial e vive...
...