Bombeiros isolaram área abrangente em Coronel João Sá com o transbordamento de barragem localizada na cidade de Quati. Mais de 500 pessoas estão desalojadas
A ponte sobre o Rio do Peixe, em Coronel João Sá, na Bahia, ficou submersa logo depois que o município foi invadido pela água de uma barragem que fica no distrito de Quati, localizada na cidade vizinha de Pedro Alexandre. A responsabilidade pela barragem é do governo da Bahia. Houve transbordamento, segundo as autoridades. Mais de 500 pessoas estão desalojadas. A prefeitura da cidade de Pedro Alexandre decretou situação de emergência e calamidade pública.
Os bombeiros isolaram a área e moradores contam que ficaram mais de 18h “ilhados”, sem poder ir do centro para os povoados da zona rural e vice-versa.
Nesta manhã desta sexta-feira (12) só pedestres atravessam a ponte acompanhados de um ou dois bombeiros. A água começou a escoar, mas ainda chove fraco no município. Uma força-tarefa com 50 agentes do Corpo de Bombeiros de Salvador chegou à cidade nesta manhã. Eles interditaram a ponte para evitar que os moradores fiquem circulando pelo local.
“Sempre há risco. As pessoas podem ser surpreendidas. Estamos isolando o local. A gente reforça que, nesses eventos, quando a água estiver na canela, deve-se evitar passar”, explicou o major Ramon Diego.
Os prejuízos são muitos. O cenário na manhã desta sexta-feira é de casas cheias de lamas e com marcas de água até a metade das paredes. Uma das moradoras da cidade relatou que só deu tempo de pegar os documentos e deixar o imóvel que morava com a família.
Áreas alagadas
Assim como na ponte, as ruas de Coronel João Sá ficaram alagadas. As áreas mais críticas foram as ruas do Galo, Santo Antônio, Beira Rio, Senhor do Bonfim, José Antônio dos Santos e o bairro da Barroquinha.
Os moradores precisaram deixar suas casas e estão alojadas nas escolas municipais. Por conta disso, as aulas permanecem suspensas. Conforme o prefeito Carlinhos Sobral, entre 100 e 150 famílias estão desalojadas, o que corresponde a cerca de 500 pessoas.
“Não houve nenhuma fatalidade, os prejuízos são materiais. Estamos trabalhando para suprir a população com alimentos, médicos, enfermeiros, para a gente tentar amenizar essa catástrofe, principalmente para aqueles que perderam suas casas. Hoje vamos fazer levantamento. Ainda não temos ideia de quantos imóveis desabaram. Estamos levantando todos os danos, porque a água começou a baixar hoje”, explicou Sobral.
Água subindo
Segundo relato dos moradores, o rio começou a encher por volta das 10h da manhã de quinta-feira (11) e logo encobriu a ponte, que tem cerca de 10 metros de altura. Conforme os moradores, a água atingiu uma altura de cerca de dois metros acima da ponte.
A ponte é a única via que liga o centro da cidade ao bairro Sanharol, além de povoados como Doçura, Queimada do Meio, Tiririca, Serrotinho, Lagoa do Velho, Jitaí, Ilha de São José, Gasparino Mocambo, Macaco, Jardim, Lagoas I e II, Calderão I e II e assentamento Ronco Gibão. A ponte também dá acesso à estrada que leva aos municípios de Sítio do Quinto, Pedro Alexandre e Jeremoabo.
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