Desmatamento para produção de alimentos libera 32 Bilhões de toneladas de CO2 no Brasil
Pesquisadores do SEEG revelam que o desmatamento para pastagens e lavouras no Brasil resultou em emissões de 32 bilhões de toneladas de CO2 entre 1990 e 2021. A carne bovina, isoladamente, contribuiu com 31 bilhões de toneladas, representando 97% do total. O estudo “Estimativa de Emissões de Gases de Efeito Estufa dos Sistemas Alimentares” destaca que mudanças no uso da terra responderam por 33,7 bilhões de toneladas de CO2, sendo o desmatamento ligado à carne bovina responsável por 92% dessas emissões em 2021.
O rebanho brasileiro, se considerado um país, teria a sexta maior população mundial, emitindo mais CO2 que o Japão. A pesquisadora Bárbara Zimbres do IPAM alerta para a necessidade de combater o desmatamento e a grilagem na Amazônia, destacando que a região é a maior contribuinte para essas emissões.
O relatório, publicado em novembro pelo Observatório do Clima, ressalta que a mudança do uso do solo, especialmente na Amazônia, foi responsável por 92% das emissões do setor em 2021. A cadeia bovina, devido ao tamanho do rebanho e das pastagens, liderou as emissões em 2021, com 1,4 bilhão de toneladas. O Pampa aumentou suas emissões em 556%, enquanto práticas sustentáveis nas fazendas podem mitigar os impactos climáticos na produção de alimentos.