Por Maurício Nogueira
A operação da Polícia Federal, que teve como alvo principal o ex-presidente Michel Temer (MDB), recebeu o nome de “Descontaminação”.
Trata-se de desdobramento das Operação Radioatividade, Pripyat (deflagrada em 6 de julho de 2016 no Rio de Janeiro e Porto Alegre, que apurou desvios de recursos nas obras da usina de Angra 3 e teve como alvo o presidente da Eletronuclear, Pedro Figueiredo, afastado por ordem judicial) e Irmandade — deflagrada em 10 de agosto de 2016, que investiga esquema de propinas e desvios de recursos nas obras de Angra 3 e da Eletronuclear.
A ação investiga desvios nas obras da Usina de Angra 3 e tem como base delações do doleiro Lúcio Funaro, apontado como operador do MDB, e do empresário José Antunes Sobrinho, dono da Engevix.
34 mandados de busca e apreensão
A lista de presos é longa e com algumas surpresas como a esposa do coronel Lima. São cumpridos oito mandados de prisão preventiva, dois de prisão temporária e 26 de busca e apreensão nos Estados do Rio de Janeiro, São Paulo e Paraná e no Distrito Federal.
Além de Temer, Moreira Franco e o coronel Lima, já presos, são alvos de mandados de prisão preventiva Maria Rita Fratezi (esposa de Lima) , Carlos Alberto Costa, Carlos Alberto Costa Filho, Vanderlei de Natale e Carlos Alberto Montenegro Gallo. Rodrigo Castro Alves Neves e Carlos Jorge Zimmermann tiveram a prisão temporária decretada.
O ex-presidente Temer foi preso em São Paulo, na manhã desta quinta-feira (21). Foi conduzido pela PF para o Aeroporto de Guarulhos.
Em seguida, foi levado a bordo de um avião da PF, ao Rio de Janeiro. E lá se submeteu a exame de corpo de delito no Instituto Médico Legal (IML).