Pesquisa revela desconfiança sobre urnas eletrônicas em eleição de 2022
Uma pesquisa da Genial/Quaest, divulgada no domingo (12), indica que mais de um terço da população, com 16 anos ou mais, acredita que as urnas eletrônicas foram fraudadas na última eleição presidencial, em 2022, para beneficiar Luiz Inácio Lula da Silva. Embora sem evidências, 35% dos entrevistados creem que houve manipulação, enquanto 56% discordam dessa possibilidade.
A pesquisa, realizada entre os dias 2 e 6 de maio, entrevistou 2.045 brasileiros em 120 cidades, com margem de erro de 2,2 pontos percentuais. O estudo revela que a desconfiança é maior entre aqueles com ensino médio completo ou incompleto, com 39% acreditando em fraude, enquanto 53% não compartilham dessa visão. Já entre os entrevistados com ensino superior, 34% reconhecem a possibilidade de fraude, contra 59% que discordam.
Sobre a religião, 30% dos católicos concordam com a ocorrência de fraude, em comparação com 62% que discordam. Entre os evangélicos, há um empate técnico, com 46% acreditando em fraude e 45% discordando.
Embora a desconfiança persista, instituições como o Tribunal de Contas da União (TCU) e as Forças Armadas já concluíram auditorias que reafirmam a segurança do sistema eleitoral e não encontraram indícios de fraude. Investigações da Polícia Federal (PF) apontaram para a existência de uma organização criminosa que promovia desinformação sobre as eleições de 2022, buscando desestabilizar o sistema democrático.
O ataque às sedes dos Três Poderes, em janeiro de 2023, é visto como uma consequência dessa campanha de desinformação, segundo a PF.