A dengue continua sendo uma preocupação de saúde pública no Distrito Federal, com o sorotipo 2 da doença registrando um aumento significativo em comparação com anos anteriores. Transmitida pela picada do mosquito Aedes aegypti, a dengue pode se manifestar de formas diversas, desde sintomas leves até casos graves que colocam em risco a vida.
Segundo informações da Secretaria de Saúde (SES-DF), o Distrito Federal observou uma predominância do sorotipo 1 da dengue, embora o sorotipo 2 tenha sido detectado em quase 10 mil casos, indicando uma preocupante escalada. Os sorotipos 3 e 4 ainda não foram identificados na capital.
De acordo com o médico infectologista David Urbaez, crianças pequenas, idosos e pessoas com sistemas imunológicos comprometidos, como diabéticos e hipertensos, estão mais suscetíveis a desenvolver formas graves da doença. A dengue pode apresentar sintomas semelhantes nos estágios iniciais, incluindo febre alta, dores no corpo, atrás dos olhos e nas articulações, fraqueza e manchas na pele.
É crucial estar atento aos sinais de alerta que podem indicar uma possível evolução para uma forma grave da doença, como dor abdominal intensa, náuseas, vômitos persistentes e sangramento de mucosas. Esses sintomas geralmente surgem entre o quarto e o quinto dia da doença e requerem atenção médica imediata.
Para o diagnóstico preciso da dengue e a identificação do sorotipo envolvido, a SES-DF realiza exames de PCR em Tempo Real (RT-PCR), que analisam amostras de sangue colhidas nas unidades de saúde. Essa técnica permite uma identificação rápida do vírus, auxiliando na escolha do tratamento adequado.
O atendimento aos pacientes com suspeita de dengue é realizado nas unidades básicas de saúde e nas tendas de acolhimento distribuídas em diversas regiões do DF, onde são oferecidos serviços como hidratação intravenosa, teste rápido para dengue e encaminhamento para unidades de pronto atendimento em casos mais graves.
Com o aumento dos casos de dengue, é fundamental que a população esteja consciente sobre a prevenção, eliminando possíveis criadouros do mosquito Aedes aegypti e procurando assistência médica ao primeiro sinal de sintomas suspeitos da doença. O combate à dengue é uma responsabilidade de todos e requer ações coordenadas das autoridades de saúde e da comunidade.
