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A defesa do ex-senador Luiz Estevão afirmou nesta sexta-feira (20) que ele está sendo submetido a condições “degradantes e insalubres” na Penitenciária da Papuda, em Brasília. Ele cumpre pena de 31 anos de prisão pelo desvio de R$ 169 milhões na execução da obra da sede do Tribunal Regional do Trabalho em São Paulo, na década de 1990. Luiz Estevão era senador pelo Distrito Federal cassado em junho de 2000.
Na quinta-feira (19), por terminação da Justiça do Distrito Federal, o ex-senador foi transferido para o bloco de segurança máxima da Papuda. Ao determinar a medida, a juíza Leila Cury afirmou que há indícios de que Luiz Estevão “vem exercendo liderança negativa”, após ter sido flagrado duas vezes com objetos proibidos.
Em nota, o advogado Marcelo Bessa, representante do ex-senador, criticou a decisão da magistrada e as condições da cela para onde seu cliente foi transferido.
“O chuveiro está instalado acima do vaso sanitário, o que só permite a Luiz Estevão tomar banho sentado. Não há divisão entre o banheiro e o restante da cela. Por isso, depois do banho, a cela fica totalmente alagada e o apenado tem que esperar por horas até que o espaço seque. Também não há possibilidade de lavar roupas, porque não há local para secá-las”, afirmou.
Além disso, a defesa sustenta que o ex-senador nunca teve qualquer problema com os demais presos e com o ex-ministro Geddel Vieira Lima, que também foi transferido para o bloco de segurança máxima.
Doação de terreno
A Justiça informou que houve denúncia com documentos, revelando indícios de corrupção contra Estevão, como a doação de um terreno a um agente penitenciário. Ainda, de acordo com informações do sistema penitenciário, o senador cassado emprega detentos e ex-internos em suas empresas.
Também se investiga a acusação de que Estevão “comanda” o complexo. Quando da passagem do ex-ministro José Dirceu, ele teria pedido autorização para receber visita em condições fora do padrão do sistema. Com informações da Agência Brasil.
