Com a missão de elevar a popularidade o presidente Jair Bolsonaro, nesta terça (27), o presidente Jair Bolsonaro recebeu ministros, parlamentares e autoridades no Palácio do Planalto para um evento de divulgação de seus feitos na política.
Depois de as pesquisas mostrarem declínio nas intenções de votos, o presidente acredita que este é o momento da virada para garantir a reeleição em 2022. Ele quer passar a imagem de que a economia brasileira se sobressaiu, mesmo diante da pandemia.
Nesta semana, os palanques ocorrerão em seis Estados, com cerca de oito eventos diferentes, em todas as regiões do país, em um intensivo de pequenas inaugurações e entregas organizadas pelos ministérios da Infraestrutura e do Desenvolvimento Regional. Ou seja, inaugurações de obras com discursos para os apoiadores.
Os palanques
Guedes prestigiado
Segundo o chefe do Executivo, Paulo Guedes não será exonerado. E repetiu que não haverá interferência na política de preços da Petrobras. Ele também tentou se desvincular de outros problemas do governo como a crise hídrica, a alta da inflação e do preço dos combustíveis. “Se trocar o Paulo Guedes, tem que trocar por alguém com a política diferente da dele. Senão, é ‘trocar seis por meia dúzia’”, disse.
Além disso, Bolsonaro não deixou de fazer referência ao oponente Luiz Inácio Lula da Silva. Como já corriqueiro, ele reiterou que a corrupção diminuiu durante o tempo em que está à frente da gestão do Brasil. “Eu fora de combate, o que sobra? É isso que queremos para a nossa pátria?”, disse, se referindo às eleições com Lula no segundo turno.
Passaporte sanitário
Bolsonaro não deixou de criticar mais uma vez o passaporte sanitário adotado por alguns países para evitar a propagação do novo coronavírus e tentou implantar a ideia de que, talvez, um novo governo direcione o governo para o socialismo.
“Se a facada fosse decisiva, é só imaginar quem estaria no meu lugar, o seu perfil e seu alinhamento. Onde nós estaríamos agora? O futuro do nosso Brasil é decidido por quem vocês um dia colocam para pilotar esse grande país. Estamos acompanhando esses debates antecipados de 2022”, disse.
“Não pensem que o que aconteceu certos países não pode acontecer com o Brasil. Quem diria nos anos 90 que a nossa riquíssima Venezuela chegasse a essa situação de hoje em dia?”, disse.
Vacina
De um lado o Congresso Nacional analisa que presidente deva fazer uma autocrítica em relação à gestão da crise sanitária no Brasil; reconhecer que houve um atraso na compra de vacina; e uma campanha massiva em relação à importância da imunização e combate às fake news. Entretanto, a gestão foi falha quanto ao combate ao Covid-19.
“Não estou contra a vacina. Mas nós respeitamos a liberdade. Por mais que me acusam de atos antidemocráticos, ninguém, mais do que eu, respeita o direito de liberdade de outros. A vacina não pode ser obrigatória. Ainda há uma grande incógnita, um prato feito para a imprensa dizer que eu sou negacionista”, disse, tentando rechaçar a possibilidade de decidir-se por medidas sanitárias de combate ao Covid-19.
Viagens comemorativas
Em ritmo de campanha, Bolsonaro percorrerá capitais do Brasil nesta semana a fim de comemorar os mil dias de seu governo. Ele quer mostrar a imagem de um gestor que faz e entrega obras. Mesmo que algumas delas tenham começado em gestões de outras épocas.
No próximo sábado (2), está marcada mais uma manifestação contra o governo, que deve reunir representantes da direita e da esquerda.