Se alguém dissesse para um bolsonarista que o presidente Jair Bolsonaro iria colocar no Supremo Tribunal Federal um amigo do governador do Piauí, Wellington Dias (PT), ele não acreditaria. As críticas estão fervilhando nos bastidores, classificando a indicação como erro grave do presidente.
Kassio Marques galgou na carreira da magistratura degraus exponenciais. Um deles com o apadrinhamento do ex-senador Wellington Dias. Em 2011, via Quinto Constitucional, com a articulação do petista. Teve a aquiescência do governador naquele momento, do então governador Wilson Martins, do PSB, e empurrãozão do senador José Sarney, Kassio alcançou o Tribunal Regional Federal (TRF-1), segundo informou a Crusoé.
Para completar, a nomeação teve a chancela da presidente petista Dilma Rousseff.
Além disso, conforme divulgou a revista eletrônica, Wellington Dias deu emprego à mulher de Kassio Marques na assessoria do gabinete no Senado. Maria do Socorro Marques está, hoje, lotada no gabinete do senador piauiense Elmano Férrer, que trocou, há pouco, o Podemos pelo Progressistas de Ciro Nogueira (PI).
A sabatina de Kassio Marques no Senado será concorrida. Espera-se uma explicação bastante convincente de Bolsonaro para azeitar a aprovação do futuro ministro do STF com passado estrelado e avermelhado.
Fora a preocupação de Bolsonaro em dizer que o próximo será evangélico, posto que Kassio Marques é católico. O pastor Malafaia já criticou e atrás dele vieram muito mais contrariados.