Daniel Castro irá focar na inovação tecnológica e defende comissão permanente contra feminicídio

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O parlamentar entende que o governo deve encarar as igrejas como parceiras para colaborar, principalmente, quanto às políticas públicas. Enfatizou ainda que foi muito bem recebido no novo ambiente de trabalho, a CLDF.

 

Por Josiel Ferreira e Maurício Nogueira

O deputado distrital Daniel Castro (PSC), em entrevista ao Tudo OK Notícias, contou as experiências de trabalho como administrador de Vicente Pires. E como foi todo o engajamento de órgãos que conseguiram amenizar a situação classificada por ele de “caótica”, na cidade. Também frisou a importância de levar a inovação tecnológica para dentro do Governo do Distrito Federal. Elogiou a capacidade do governador Ibaneis Rocha que tem um olhar carinhoso, para Vicente Pires, sem ser em detrimento do zelo para com as demais regiões.

Inicialmente, na entrevista, Castro agradeceu ao titular hoje secretário da Pessoa com Deficiência, Iolando Almeida (PSC), porque é o titular na CLDF, de quem ele ocupa o gabinete. Também é grato ao governador Ibaneis Rocha. Ele lembrou que obteve 11.526 votos, superior aos votos de seis deputados que exercem mandato, por conta da vigente lei eleitoral.

Com esse histórico, Castro foi convidado pelo governador a ser o administrador de Vicente Pires, daí a gratidão ao governador de poder estar na Câmara.

Tudo OK Notícias quis saber sobre os projetos a serem propostos. O distrital afirmou que já tem alguns projetos, desde antes da disputa eleições já possuía algumas ideais. Ele elencou pontos nos quais trabalhará agora como parlamentar.

Inicialmente, Castro lembrou que a sua base política é “muito igrejeira”, do segmento evangélico. Para ele, é preciso abrir o olho do governo para encarar as igrejas como parceiras.

“O governador Ibaneis está construindo um relacionamento muito profícuo com as instituições religiosas, respeitando todas as crenças”, observou. Na visão dele, a igreja tem que ser encarada como “um braço estendido do estado, principalmente nas políticas sociais”.

Inovação tecnológica

Paralelamente à atuação em parceria com as igrejas evangélicas, o parlamentar focará a inovação tecnológica, por meio de alguns projetos que serão anunciados da tribuna.

“Quero ser esse parlamentar antenado, trazendo projetos de lei necessários para essa revolução da inovação tecnológicas que entra em todas as áreas”, frisou.

No entendimento de Castro, o parlamento deve ter visão no sentido de discutir o caminho da chegada das ações referentes à inovação tecnológica. Para ele, o caminho tem que ser célere, porque se não a inovação chega e não há esse caminho pronto que passa pelo Legislativo.

Castro cita, como exemplo o aplicativo de mobilidade Uber. Segundo ele, perdeu-se muito tempo se discutindo a legalidade tanto no Executivo, quanto no Legislativo. E em pouco tempo se chegou a cerca de 30 mil motoristas cadastrados na plataforma operando na DF. “A gente tem que estar preparado. A inovação tecnológica precisa chegar em toda a estrutura governamental”, ressalta.

Para demonstrar o papel da inovação, Castro questiona há quanto tempo não se vai a um banco e, ainda, comprar passagens aéreas em agências físicas. Na visão dele, a tecnologia tem que chegar à saúde, segurança e educação. Nos países desenvolvidos há estrutura onde a inovação chegou e já faz parte da gestão política.

Obras de Vicente Pires

Em relação às obras de recuperação da infraestrutura em Vicente Pires, Castro lembra que quando o governo Ibaneis tomou posse e o escolheu a missão de administrar a região houve um trabalho para reequacionar as obras que estavam bem fora do prazo de entrega.

Ele admite que o sofrimento é grande para quem menos deve sofrer, que é a população, que “inclusive já pagou pela obra, e que é pagadora de impostos e paga em dia”.

Também recordou que o governador Ibaneis sempre reconheceu a aceleração de todas essas obras. “O cronograma que tem agora, foi montado pelo governador Ibaneis, pelo Izídio, nosso secretário de Obras, pela Novacap, pelo José Humberto, Gustavo Aires. A gente sentou e fez uma projeção, 70% das obras concluídas em 2019 e 100% em 2020”, ressaltou.

Ações sob pressão 

Castro conta que houve muita pressão, muita chuva ao assumir a administração. “Vicente Pires era um caos”, resume. Foi então que ele teve a ideia de criar grupos de WhatsApp, pelo menos uns 30 e a comunidade participou, chegando a ter 257 integrantes para troca de informações.

O então administrador detectou que as pessoas não tinham as informações sobre o que o GDF executava. Foram produzidos relatórios mensais para registrar as evoluções das obras.

Com coordenadores espalhados pelas ruas de Vicente Pires, houve um levantamento mais próximo da realidade. Demandas foram encaminhadas por esses coordenadores a grupos de obras criados por Castro.

Assim, as demandas eram atendidas, segundo Castro, com resolução dos problemas em no máximo 72 horas. Com órgãos parceiros, chega-se a resolver problemas em 30 minutos.

“Tirou o stress da revolta dos moradores, por mais que tenha ainda alguma coisa, porque a população sofre, mas ela sabe que a obra está andando e ela tem resposta da obra. As obras não cabem mais nos contratos. São defasados, são antigos, as empresas estavam fora. O governador pensou em decretar estado de calamidade o que eu inclusive era favorável”, afirmou.

A possibilidade de fazer novas licitações estenderia ainda mais os prazos para que as obras ficassem prontas, por isso foi descartado pelo GDF.

Saída judicial

Com o destravamento via judicial, “o enfrentamento jurídico”, hoje há apenas uma empresa que não se encontra no lote. São oito empresas trabalhando em Vicente Pires, em 11 lotes.

Castro ainda enfatizou que houve muita divisão na distribuição dos lotes. Tem rua que tem quatro empresas fazendo, cada um faz uma coisa e é muito ruim para a cidade, de acordo com o parlamentar.

“Graças a Deus, hoje as coisas estão andando. Vai dar para cumprir a meta que o governador impôs para a Secretaria de Obras para finalizar o ano que vem”, destacou Castro.

Um fator que contribui muito para melhorar o desempenho das obras em Vicente Pires foi a instalação do Gabinete de Gestão Integrada, que sucedeu o de gestão de crise. Isso significou 18 órgãos na região com ação emergencial.

“Em 15 dias demos um paliativo na cidade. A rua 10 era intrafegável. E quando chovia? A lama vinha de cima carregando tudo e isso ia bater na rua 3, entupia o viaduto Israel Pinheiro e parava o trânsito”, recorda.

Gratidão

Em trinta dias, o gabinete decidiu que havia evolução nas obras o suficiente para ir atender outra localidade. “Quem conduziu o gabinete de Gestão de Integrada foi José Humberto. Fui agradecê-lo porque é um parceiro extraordinário. O governador escolheu um nome maravilhoso”, disse ele, acrescentando que o governador Ibaneis nutre “um amor incondicional pela cidade”.

“Ele (Ibaneis) tem um dom, que onde ele põe as mãos a coisa caminha bem. Eu sou grato porque ele está fazendo. Claro que ele cuida de toda Brasília, de todas as cidades. Ele tem olhar carinhoso para Vicente Pires”, frisou Castro.

Na primeira semana na CLDF, Castro afirmou que já sentiu saudade de Vicente Pires, “saudade do meu colete, de estar na rua em contato com o morador, conversando, ontem choveu. Como apanhei muito na chuva, eu gostaria de estar ontem em Vicente Pires, nessa chuva acalentando o coração meus moradores”.

O distrital lembrou que se um carro atolava providenciava para removê-lo da situação. Caso uma casa fosse invadida por lama pega o rodo para ajudar a tirar. Segundo ele, o desejo é de estar em Vicente Pires, mas foi muito bem recebido por todos os parlamentares. “Sei que sou um pastor, mas sou também advogado e, nas pautas polêmicas, saberei confrontar essas pautas com muito carinho, amor com todo mundo. Sendo pastor, quero ser o pastor dessa casa. Fui muito bem recebido, do presidente a todos os deputados.

Feminicídio

Tudo OK Notícias, aproveitou para indagar Castro sobre qual seria a mensagem para mulher, especialmente, em relação ao feminicídio que tem atormentado muitas delas não só no DF, mas em todo Brasil. Enfim, o que a Câmara pode fazer para valorizar a mulher e levar isso para escolas, crianças e adolescentes.

Deputado Daniel Castro discurso em Plenário da CLDF

“Entendo que a Casa tem que estar antenada sobre esse tema. Tem que ser protagonista, até porque temos algumas deputadas distritais. É preciso ter não só um fórum, mas uma comissão permanente. Eu estou chegando agora, não domino as matérias ainda, mas vou me aprofundar”, concluiu o parlamentar.

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