Dallagnol recorre da decisão de Lewandowski, que liberou acesso às mensagens da Spoofing a Lula

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O ex-coordenador da Operação Lava Jato em Curitiba Deltan Dallagnol, mais oito procuradores da República, apresentaram ao Supremo Tribunal Federal um pedido de reconsideração da decisão do ministro Ricardo Lewandowski, que deu acesso integral ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva a mensagens da Operação Spoofing.

A operação mirou hackers que invadiram aparelhos telefônicos de autoridades brasileiras, entre elas o ex-ministro Sergio Moro e o ex-coordenador da força-tarefa da Lava Jato em Curitiba, Deltan Dallagnol.

O acesso às mensagens foi concedido em um processo em que a defesa do ex-presidente Lula questiona a ocultação, pela Lava Jato, de documentos relativos à leniência da Odebrecht.

“A utilização das pretensas provas para qualquer que seja a sua finalidade, é completamente desprezível do ponto de vista jurídico. Fomos vítimas de hackeamento, mas que não reconhecemos as mensagens”, dizem os procuradores em trecho do pedido.

Segundo os procuradores, a ausência de comprovação específica da veracidade de conteúdo das mensagens pode levar em consideração que o material foi obtido de maneira criminosa, “e sua utilização como prova para outros fins acarretará grave violação ao processo legal.”

No domingo (24), Lewandowski determinou o acesso integral de Lula às mensagens apreendidas, depois que a Polícia Federal não entregou o material em parte, como determinava decisão anterior do ministro.

Em dezembro do ano passado, Lewandowski, determinou o compartilhamento das mensagens arrecadadas pela Operação Spoofing que citem o nome de Lula ou que tenham relação com investigações e ações penais contra ele.

A Spoofing foi deflagrada em julho e setembro de 2019 contra hackers que invadiram os celulares de mais de mil autoridades brasileiras.

A primeira etapa prendeu quatro investigados, entre eles Walter Delgatti Neto, o ‘Vermelho’, que confessou o hackeamento e o repasse das informações para o portal The Intercept Brasil, que tem divulgado diálogos envolvendo Moro e os procuradores da Lava Jato em Curitiba. O hacker disse que não cobrou contrapartidas financeiras para repassar os dados.

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