Prefeito de Caldas Novas propõe taxa de até R$ 183 para veículos de turistas, gerando polêmica e resistência no setor turístico
Caldas Novas, conhecida como maior cidade turística do Centro-Oeste, pode se tornar ainda mais cara para visitantes caso o Projeto de Lei Complementar 012/2024, enviado pelo prefeito Kleber Marra (MDB), seja aprovado. A proposta institui a polêmica Taxa de Preservação Ambiental (TPA), cobrando até R$ 183 por veículo a cada 24 horas de permanência no município.
A medida inclui valores como R$ 36,50 para carros de passeio, R$ 54,50 para SUVs e caminhonetes, R$ 73 para vans e micro-ônibus, R$ 109,50 para caminhões e R$ 183 para ônibus de excursão. Moradores locais e veículos registrados no município ficariam isentos, mas a cobrança é vista como mais um peso para o bolso dos turistas que já enfrentam custos elevados com alimentação, passeios e estacionamentos na cidade.

Sem consulta à população, empresários ou lideranças do setor, a proposta tem gerado indignação. A deputada federal Magda Mofatto (PRD), figura influente na região e defensora do turismo, criticou publicamente o projeto, alegando que a taxa desestimulará visitantes e prejudicará a economia local.
O prefeito justifica o projeto como uma resposta aos impactos ambientais e urbanos do turismo. Segundo ele, a arrecadação será destinada à preservação dos recursos naturais e à melhoria da infraestrutura. Contudo, críticos apontam que a taxa pode afastar turistas e agravar problemas financeiros para empresas do setor.

A deputada estadual por Goiás, Zeli Fretsche, criticou veementemente a proposta de taxa de preservação ambiental do prefeito de Caldas Novas, Kleber Marra. Em sua avaliação, a medida é “abusiva” e pode impactar negativamente o turismo na cidade. “O país dos maiores impostos, já imaginou que investiu em imóveis em Caldas, fica difícil essa taxa, caso seja cobrado em 2025. Isso vai diminuir e muitos o turismo na cidade. Já imaginou os idosos que são maioria dos visitantes, não vão mais em Caldas Novas. Deixo claro a cobrança abusiva”, enfatizou a deputada.
A declaração de Zeli Fretsche reflete a preocupação de representantes locais e do setor turístico com a implementação da Taxa de Preservação Ambiental (TPA), que prevê valores elevados para veículos que ingressarem no município. Com a entrada em vigor da medida, esperada para 2025, críticos acreditam que a cidade, conhecida por atrair um grande número de turistas, incluindo a maioria composta por idosos, poderá perder parte significativa de sua popularidade e receita.
O texto, que deve ser debatido nos próximos dias, promete polarizar ainda mais o município. Caso aprovado, a taxa entrará em vigor em 2025, mas as reações já indicam uma resistência significativa. Resta saber se o impacto ambiental defendido pelo prefeito prevalecerá sobre as críticas econômicas e sociais que vêm ganhando força.