Crime organizado paulista comemora a sucumbência da Lava Jato-SP

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Para a felicidade geral do crime organizado de São Paulo, a Lava Jato no estado sucumbe. Aos olhos da população, a Polícia Civil do Estado de São Paulo  acabará ocupando o espaço deixado pela maior força de repressão contra a corrução e o crime organizado já vista no Brasil.

E, claro, em parceria com o Ministério Público Federal do Estado de São Paulo. Ao invés de cada estado ter uma força-tarefa da Lava Jato, o que se conseguiu foi mitigar as ações do combate à corrupção.

A partir desta quarta (30, os processos da operação não ficarão mais com um grupo de procuradores e serão enviados à procuradora Viviane Martinez, que assumirá a chefia do 5º Ofício do MPF no estado, responsável pelos processos da operação.

Só que ela é acusada pelos membros da força-tarefa de ser o pivô do fim do grupo por ter feito reclamações formais sobre os colegas ao Conselho Superior do MPF. Um exemplo, disse que a força-tarefa concentra processos demais, nem todos relacionados aos objetos da Lava Jato.

Delimitar atuação

De acordo com notícia de o Estadão, ela pretende “delimitar” o acervo da Lava Jato paulista, o que tem causado apreensão aos integrantes da força-tarefa. Eles temem, por exemplo, que ela atrase ainda mais os processos, como quis fazer com uma acusação de corrupção contra José Serra (PSDB) por propina nas obras do Rodoanel.

Durante as últimas semanas, os procuradores da força-tarefa têm corrido para esvaziar as gavetas e enviar alguns inquéritos que tocavam à Polícia Federal, para que as investigações sejam concluídas.

Hoje foi oferecida a quinta denúncia contra Paulo Preto por lavagem de dinheiro em mais uma acusação relacionada ao pagamento de propina nos contratos do Rodoanel.

Ainda estão sob responsabilidade dos procuradores outros casos ligados a grandes obras, como a Linha Amarela do Metrô, concedida a empreiteiras que, segundo o MPF, formaram um cartel para garantir a assinatura dos contratos.

No início do mês, os oito procuradores que integravam a força-tarefa informaram à PGR e ao CNMP que deixariam o grupo de forma escalonada. Hoje, os últimos quatro membros da Lava Jato encerram sua participação na operação.

De acordo com a Folha, os procuradores preferiam que Viviane Martinez fizesse uma permuta para ir para outro ofício e deixar o 5º Ofício nas mãos de alguém mais alinhado à Lava Jato. O favorito era Daniel Dourado, mas seus pedidos de garantias da PGR de que ele teria estrutura para chefiar os casos não foram atendidos.

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