A semana da CPI da Covid terá a advogada Bruna Morato e o empresário Luciano Hang. Bruna, que deve ser ouvida nesta terça (28). Ela defende os ex-funcionários da Prevent Senior.
Eles elaboraram um dossiê com supostas irregularidades em relação ao tratamento da Covid-19 nos hospitais da rede.
Já Hang tem depoimento marcado para quarta (29), é apontado como um dos financiadores da rede que propaga fake news ligada ao governo federal, incluindo incentivo ao uso dos medicamentos que não têm respaldo na comunidade científica para tratamento da Covid.
A linha investigativa em torno da Prevent Senior se tornou uma versão turbinada do início da comissão, quando a disseminação da tese de “imunização de rebanho” era um dos principais temas.
No dossiê entregue à comissão, os senadores identificaram a ligação entre a tese e as denúncias de que médicos eram obrigados a trabalhar mesmo infectados com a doença – inclusive sem o uso de máscara de proteção – e da obrigação de receitarem o chamado “kit covid”, que inclui medicamentos sem eficácia contra a doença.
A atuação do chamado gabinete paralelo com as supostas irregularidades na pesquisa do uso da cloroquina feita pela Prevent Senior se acentuou com a participação de nomes já citados na comissão, como o da médica Nise Yamaguchi. A oncologista teria acompanhado o “estudo” feito na operadora e é apontada como o elo entre a Prevent Senior e o governo federal.
Nise chegou, inclusive, a ser cotada como substituta de Luiz Henrique Mandetta para assumir o Ministério da Saúde. Ela foi ouvida pela comissão em 1º de junho e é uma das pessoas formalmente investigadas pela CPI.