CPI da Covid ouve ex-funcionário e beneficiário da Prevent Senior

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A CPI da Covid-19 conclui a oitiva de depoimentos nesta quinta (7), ouvindo o médico Valter Correio de Souza Neto, ex-funcionário da Prevent Senior e um dos profissionais que denunciaram a operadora por promover o uso do ‘kit covid’, com medicamentos sem eficácia comprovada contra o novo coronavírus para o tratamento de pacientes

Com um habeas corpus concedido pelo ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), o depoente poderá ficar em silêncio nas perguntas que o incriminem. A defesa alega que o médico vem sofrendo ameaças.

Na mesma sessão, também deve ser ouvido Tadeu Frederico de Andrade, beneficiário da Prevent Senior. O relatório deve ser entregue no dia 15 de outubro e a votação dos senadores está prevista para o dia 19.

Na última quarta-feira, 06, o relator da comissão, o senador Renan Calheiros (MDB-AL), incluiu o presidente do Conselho Federal de Medicina (CFM), Mauro Luiz Ribeiro, na lista de investigados da comissão “Pelo apoio ao negacionismo, pela maneira como deu suporte à prescrição de remédios ineficazes e os defendeu publicamente e pela omissão diante de fatos evidentemente criminosos”, afirmou Calheiros.

Em nota, o presidente do CFM disse não ficar surpreso com a inclusão de seu nome entre os investigados e que a CPI cria narrativas falaciosas.

Segundo Ribeiro, a comissão virou um palco midiático e assegurou que mantém suas convicções em favor da autonomia do médica. Calheiros também transformou em investigados o jornalista Allan dos Santos, o empresário Otávio Fakhoury, o diretor da Precisa Medicamentos Danilo Trento e o suposto sócio oculto da FIB Bank, Marcos Tolentino. A lista soma 37 nomes, mas pode chegar a 50 investigados.

Ainda na quarta, a CPI ouviu o direto da Agência Nacional de Saúde (ANS)Paulo Rebello Filho, que prometeu uma investigação rigorosa contra a Prevent Senior, acusada de ocultar a morte de pacientes e pressionar médicos a prescrever remédios do kit covid.

“Uma vez havendo, por parte da operada, qualquer tipo de pressão para que ele receito ou aquele medicamento, aí sim cabe intervenção da agência, tanto é que já o fizemos após relatos aqui da CPI. Já foi aberto e autuada a operadora, tanto é que encontra-se na condição de investigada. E há dois autos de investigação lavrados contra a operadora em razão dessa conduta”, disse Rebello.

Já em relação às queixas contra a Prevent Senios, Paulo Rebello informou os números, mas evitou dar detalhes. “Entre 730 operadoras de assistência médica, a Prevent Senior está na classificação 29º em número de reclamações”, pontuou.

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