Covid-19: Saúde calcula que serão necessários 340 milhões de doses em 2022, sem divulgar cronograma

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Foto: Divulgação

 

Aumenta a cobrança, por especialistas em saúde pública, que o Ministério da Saúde defina emergencialmente a estratégia de vacinação contra a Covid de 2022 para não haver desabastecimento, verificados neste ano

As atenções ainda estão voltadas para quem não tomou a vacina contra a Covid ou está com a segunda dose atrasada. Mas, a um mês e meio do fim do ano, também é hora de pensar na campanha de vacinação de 2022.

Não só para Covid, mas para todas as doenças, como explica o médico sanitarista Walter Cintra Ferreira, professor da Fundação Getúlio Vargas.

“Nós temos que olhar para os municípios, onde a cobertura vacinal está sendo mais deficiente para haja maior esforço para recuperação. Temos que olhar o que tem acontecido em termos de contágio, de doenças, de mortes e fazer a partir daí o diagnóstico e organizar, planejar a aquisição e a distribuição adequada das vacinas.”

No mês passado, depois de uma cobrança da CPI, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, anunciou alguns detalhes da vacinação para o ano que vem contra a Covid.

Ministério da Saúde calcula que serão necessários 340 milhões de doses para imunizar esse público-alvoMas, até agora, não divulgou o cronograma de entrega de doses mês a mês. Disse apenas que vai receber 150 milhões de doses da Pfizer, 180 milhões da AstraZeneca, e que pretende usar um saldo de 134 milhões de doses que devem sobrar neste ano.

Mas nem todas essas doses estão garantidas. O contrato para compra de vacinas da Pfizer em 2022 ainda não foi assinado.

Em agosto, a fabricante americana anunciou um acordo para produzir a vacina no Brasil, em parceria com um laboratório privado. Disse que a fabricação vai começar em 2022, mas não informou exatamente quando.

Já a Fiocruz, que produz vacinas da AstraZeneca, diz que ainda vai depender de matéria-prima importada para fabricar parte das doses que serão entregues no ano que vem. Dos 120 milhões de doses previstos até junho, metade será feita com insumos do exterior.

O ex-diretor do complexo industrial do Ministério da Saúde Eduardo Jorge Valadares diz que o Brasil pode voltar a ficar sem doses se não se planejar:

“Não adianta você querer chegar em janeiro, buscar 100 milhões, 200 milhões de doses de vacina e com a pauta curta para a entrega. Qualquer tipo de vacina é um produto bastante escasso no mundo todo. Então, você tem previamente definido quantitativo, o prazo para ser entregue, aonde será entregue, e a forma de entrega é estratégica para se organizar a produção.”

Em nota, o Ministério da Saúde informou que encomendou 354 milhões de doses de vacinas contra a Covid, e que priorizou os imunizantes da Pfizer e da Astrazeneca, que já têm o registro definitivo na Anvisa e foram incorporados ao SUS. Mas o ministério não informou quando vai divulgar o cronograma de entrega dessas doses.

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