Corrida pelo trono de Pedro começa com favoritos europeus e brasileiros na disputa
Com a morte do papa Francisco, o Vaticano inicia nas próximas horas os preparativos para o Conclave que escolherá o novo líder da Igreja Católica. O processo pode durar até 20 dias, com nomes alinhados ao perfil progressista de Francisco despontando como favoritos. Até lá, o comando da Santa Sé fica a cargo do camerlengo, o cardeal irlandês Kevin Joseph Farrell, de 77 anos.
Entre os principais cotados está o italiano Pietro Parolin, secretário de Estado do Vaticano desde 2013 e experiente diplomata da Santa Sé. Reconhecido pela habilidade em mediações e articulações internas, Parolin esteve no Brasil em 2024, quando se reuniu com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Outros nomes fortes incluem o cardeal Matteo Zuppi, arcebispo de Bologna e defensor do diálogo com a comunidade LGBTQIAP+; o francês Jean-Marc Aveline, arcebispo de Marselha, favorito pessoal de Francisco; e o congolês Fridolin Ambongo Besungu, que, se eleito, poderá ser o primeiro africano a ocupar o trono papal em 1.500 anos.
O cardeal húngaro Péter Erdo, de perfil conservador, também é lembrado, assim como Mario Grech, de Malta, atual secretário-geral do Sínodo dos Bispos.
Entre os que correm por fora, aparecem dois brasileiros: Sérgio da Rocha, arcebispo de Salvador e membro do conselho dos nove cardeais conselheiros do papa, e Leonardo Ulrich Steiner, arcebispo de Manaus. Completam a lista nomes dos Estados Unidos, Portugal, Itália e Filipinas, incluindo figuras influentes como Pierbattista Pizzaballa e Luis Antonio Tagle.
A sucessão de Francisco promete refletir os rumos que a Igreja Católica seguirá nas próximas décadas, entre o avanço de pautas sociais e a manutenção de tradições centenárias.