Coronavírus: vacina só depois de um ano

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A indústria farmacêutica prevê que uma vacina contra o novo coronavírus – que concentra esforços de muitas empresas simultaneamente em diferentes partes do mundo – não poderá ser desenvolvida e comercializada antes de um ano, no melhor dos cenários.

 

 

“Nossa estimativa é que levará pelo menos de 12 a 18 meses até que uma vacina esteja disponível no mercado”, disse na quinta-feira (19) o vice-presidente executivo da Sanofi Pasteur, David Loew, em entrevista coletiva por teleconferência.

De acordo com o executivo, “há uma (vacina) candidata na fase um dos testes clínicos e várias outras perto desse ponto”.

“Podemos tentar ir muito rápido, trabalhar com as autoridades reguladoras para reduzir o prazo, mas não podemos sacrificar os requisitos de segurança e eficácia, porque as vacinas têm de ser injetadas em pessoas saudáveis”, advertiu.

Estimativa de12 a 18 meses

O vice-presidente e cientista-chefe da Johnson & Johnson Pharmaceuticals, Paul Stoffels, confirmou que “12 a 18 meses é o mínimo necessário” para que uma vacina esteja disponível.

Um esforço que aproveitará todo o conhecimento adquirido em pesquisas recentes para encontrar uma vacina contra o ebola e a zika.

Por sua vez, David Ricks, presidente da Eli Lilly, enfatizou que é preciso ter prudência com os testes.

“Não podemos fazer concessões em questões como segurança e eficácia, porque isso também pode fazer com que as pessoas percam a confiança em outras vacinas”, disse.

Os três e outros executivos de grandes empresas farmacêuticas participaram da entrevista à distância organizada, em Genebra, pela IFPMA (Federação Internacional das Associações de Fabricantes de Produtos Farmacêuticos).

Esforço global

O presidente da entidade, Thomas Cueni, afirmou nunca ter visto um esforço tão grande por parte de empresas farmacêuticas, de biotecnologia, pesquisadores acadêmicos e agências reguladoras para fazer com que os estudos sobre medicamentos e vacinas contra o coronavírus fossem aprovados em questão de dias – o processo normalmente leva meses em tempos normais.

Stoffels lembrou que todos estão “começando do zero” neste esforço, pois o coronavírus é um agente completamente novo e que, ao contrário de outros da sua família, é muito fácil de transmitir.

Já Ricks enfatizou a importância de “ter um cenário em que um país, cidade ou região não tente ter mais remédios do que os necessários”.

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