O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, afirmou nesta quinta-feira (26), que o valor de R$ 300 por mês para o chamado “coronavoucher” apresentado pelo governo Bolsonaro para trabalhadores informais durante a crise do coronavírus é insuficiente.
Em entrevista coletiva, nesta tarde, Maia defendeu um patamar de R$ 500 aos informais, autônomos e vulneráveis, por três meses. Faixas mais vulneráveis da sociedade e idosos devem ter maior atenção.
Além disso, há um projeto para liberar R$ 250 para mães solteiras. Maia defende que o governo deixe de lado o ajuste sobre o impacto fiscal e volte os olhos aos menos favorecidos. O reforço no “coronavoucher” é terceiro item da pauta a ser votado nesta quinta-feira (26).
“Se precisamos garantir o isolamento das famílias, temos que dar a previsibilidade e a renda, para que essas pessoas possam passar os próximos 30 dias. Precisa garantir recursos. O que a gente tem entendido é que a proposta que o governo fez, que amplia até mais do que os R$ 200, é muito pequena para que a população precisa.”
Para ele, é preciso “gerar as condições mínimas para que os brasileiros possam manter as determinações da Organização Mundial da Saúde, do Ministério da Saúde e dos governadores”, que indicam o distanciamento social como medida mais eficaz para conter o avanço da pandemia de covid-19 no país.
O tema será discutido nas próximas sessões da Câmara. Maia disse ainda que está “focado no projeto que garante recursos para os brasileiros informais e vulneráveis”.
“Nós não temos 15 dias para isso, temos alguns dias”, afirmou o deputado ao cobrar agilidade do governo no envio de um pacote para o enfrentamento da crise.
“Estamos estudando R$ 500,00, é isso que o Parlamento está estudando, válidos por três meses”, explicou Maia.
“O governo já garantiu certificados de dívidas do sistema financeiro, de uma forma justa. Agora está na hora de garantir o salário dos trabalhadores que estão em quarentena”, reforçou.
Na última quarta-feira (25), a Câmara se reuniu, e na primeira sessão virtual da história da Casa, o Plenário aprovou projetos importantes, como a regulamentação da telemedicina e o redirecionamento dos recursos dos lanches das escolas, que serão enviados em forma de insumos para as casas dos alunos em situação de vulnerabilidade.
De acordo da pauta na Câmara, haverá a votação da proposta que garante renda emergencial às pessoas mais vulneráveis à crise. Já um outro projeto para ser votado é o PL 864/20, o qual agiliza a liberação de medicamentos e produtos necessários ao combate à pandemia.