O Governo de Goiás confirmou na manhã desta quinta-feira (26) a morte do primeiro paciente com coronavírus no estado. É também o primeiro óbito na região Centro-Oeste. De acordo com o governador Ronaldo Caiado (DEM), a vítima é uma idosa de 66 anos, que morava em Luziânia, no Entorno do Distrito Federal. Ela era hipertensa, tinha diabetes, doença pulmonar obstrutiva crônica e teve dengue recentemente.
O número de casos confirmados de coronavírus em Goiás era de 35 até o início da manhã desta quinta-feira, de acordo com boletim da Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO).
As confirmações foram registradas nos municípios de Goiânia (15), Rio Verde (6), Anápolis (3), Aparecida de Goiânia (2), Valparaíso de Goiás (2), Jataí (1), Catalão (1) e Silvânia (1). Três casos confirmados por um laboratório particular ainda aguardam a atualização do local de residência das pessoas.
Dia triste. Goiás registrou 1ª morte por
coronavírus. Senhora de Luziânia, de 66 anos, hipertensa, com diabetes, doença pulmonar obstrutiva crônica, teve dengue recentemente. Não resistiu. Meus pêsames e todo apoio e solidariedade à família. Que Deus conforte o coração de todos.
A SES afirmou que, a partir do boletim de quarta-feira (25), só vai divulgar o número de registros confirmados de Covid-19. Assim, não serão informados mais os casos suspeitos e os que foram descartados, conforme alinhamento de informações com o Ministério da Saúde (MS).
Os registros estão no banco de dados do Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (Cievs) de Goiás. Ressalta-se que os números são dinâmicos e, na medida em que as investigações clínicas e epidemiológicas avançam, os casos são reavaliados, sendo passíveis de reenquadramento na sua classificação.
Caiado e a melhor saída
O governador do Estado de Goiás, Ronaldo Caiado, afirmou que a “melhor saída” para não deixar a economia colapsar com a crise do novo coronavírus é deixar que as decisões sejam tomadas, na área da saúde, com base científica. “Nesse momento teremos muito mais cuidado com o CPF, o CNPJ fica para um segundo momento.”
De acordo com Caiado, o Brasil não pode cometer os mesmo erros que a Espanha, Itália, Portugal e EUA que trataram a covid-19 como uma gripe. “Quero sair dessa crise com o menor número de óbitos e com a área econômica restabelecida. Todo lugar teve morte e colapso. Não tem como uma pandemia passar e nada acontecer.
“Respeitando a quarentena eu vou poder calibrar a volta das áreas importantes sob uma visão cientifica e técnica. Isso vai quebrar o Estado? Foi diferente da greve dos caminhoneiros? O que temos que fazer é não deixar quem não tem preparo se meter a querer discutir um assunto que não é dele. Isso que é controle sanitário e sair da crise com competência.”
Caiado reforçou a necessidade da quarentena na situação atual do novo coronavírus e explicou que o método tem base científica — e cada cabe a cada Estado definir quanto tempo ela vai durar conforme a necessidade. “Não é uma competição. Vamos parar com essa vaidade, essa bobagem”, disse.
Ele explicou que, por falta de informação, muita gente critica o isolamento. “Quarentena não quer dizer 40 dias e nem que vai ficar todo mundo 4 meses sem sair de casa. É um período definido individualmente por cada Estado, de acordo com a sua realidade.”
Segundo ele, após o período determinado acontece a liberação gradual de alguns grupos e setores até que a rotina seja retomada completamente.