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O que o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, temia está se concretizando no Rio de Janeiro. Ao menos três das maiores comunidades do Rio de Janeiro já somam pelo menos 11 mortes confirmadas por Covid-19.
Como o número de casos da doença nessas favelas (14) é quase igual ao de óbitos (11), especialistas acreditam que esteja havendo uma subnotificação bem maior do que o normal em se tratando do novo coronavírus. As próprias comunidades divulgaram os números.
Na Rocinha, na zona sul, foram contabilizados seis casos e cinco mortes. Em Manguinhos, na zona norte, são cinco casos e três mortes. Essas são as duas maiores favelas do Rio de Janeiro. Em Vigário Geral, na zona norte, por sua vez, foram três casos e o mesmo numero de mortes.
A chegada da epidemia nas comunidades é um dos maiores temores das autoridades de saúde. As favelas não costumam ter saneamento básico, as ruas são muito estreitas e, em geral, muitas pessoas dividem a mesma casa, propiciando a disseminação da doença.
Por enquanto, a grande maioria dos 1.251 casos da doença no município esta concentrada nos bairros mais ricos, na zona sul e na zona oeste. O numero de mortes é de 59. No entanto, os números indicam que o vírus já começam a se espalhar nas comunidades mais pobres.
