Jogador deveria ter cumprido quarentena ao entrar no Brasil
O Corinthians confirmou, em nota oficial, que Willian não enfrentará o Atlético-GO neste domingo, às 18h15, pelo Campeonato Brasileiro. No sábado, o jogador foi autuado por agentes da Vigilância Sanitária em São Paulo e em Goiânia, onde uma fiscal foi ao hotel em que o clube está hospedado, por não cumprir uma quarentena de 14 dias na chegar ao Brasil do Reino Unido.
O clube paulista, na nota, reclama de diferença de tratamento em relação ao Flamengo, embora não cite o nome do clube. Isso porque a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), ao alertar que Willian não poderia jogar, também admitiu que o mesmo se aplicaria a Andreas Pereira, do Rubro-Negro, que também chegou do Reino Unido, mas foi a campo: enfrentou o Santos.
Veja a nota oficial do Corinthians:
“O Sport Club Corinthians Paulista esclarece que, em observância à portaria 655/21 da Anvisa (que trata de restrições de entrada no Brasil de pessoas vindas do Reino Unido), o atleta Willian não irá a campo para a partida deste domingo, em Goiânia, contra o Atlético-GO.
Desde o início da pandemia, o clube sempre cumpriu as regras sanitárias impostas pelas mais diferentes autoridades de saúde, mesmo que algumas delas tenham se revelado confusas. Logo, cumprirá sem objeções o papel de difusor das medidas da portaria 655/21.
No entanto, o Corinthians se reserva o direito de protestar quanto ao tratamento desigual dispensado pelo órgão, conforme reconhecido pela própria Agência nos últimos parágrafos do comunicado sobre o atleta Willian, emitido no sábado (11).
O clube espera que a Anvisa e os demais órgãos públicos que compõem o sistema orientem com maior clareza os viajantes, atletas ou não, e os monitorem de forma igualitária e clara, buscando atingir o objetivo da portaria, que é o de preservar vidas, evitando especulações indesejadas e desinformação.”
O presidente do Corinthians, Duilio Monteiro Alves, usou uma rede social para também se manifestar. Disse ele:
– O Corinthians jamais vai estar contra as autoridades de saúde. No entanto, é extremamente preocupante a maneira como essas questões vem sendo tratadas. Tudo que pedimos é clareza e um critério único pro que é sério e delicado. A confusão não protege a saúde de ninguém. (Ge)