Cora dá início ao atendimento pediátrico e marca nova era no combate ao câncer em Goiás

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Caiado recebe os primeiros pacientes pediátricos do Cora (Foto: André Saddi e Rômulo Carvalho)

 


Unidade pública oncológica já acolhe os primeiros pacientes infantis com estrutura de excelência e padrão internacional

A saúde pública em Goiás vive um marco histórico. O Complexo Oncológico de Referência do Estado (Cora) deu início, nesta segunda-feira (9/6), ao atendimento de 12 pacientes pediátricos, simbolizando o primeiro passo para a inauguração oficial da unidade, prevista para julho. Com estrutura de ponta, tecnologia de última geração e atendimento gratuito via SUS, o hospital promete revolucionar o tratamento contra o câncer no Brasil.

Acompanhando de perto o início das atividades, o governador Ronaldo Caiado celebrou o momento como “a concretização de um sonho”. Segundo ele, “não há nenhum hospital privado no país que ofereça as mesmas condições de atendimento que estamos entregando às nossas crianças pelo SUS. Isso é inédito”.

Estrutura de excelência

Inspirado no modelo do Hospital de Amor, em Barretos (SP), o Cora recebeu investimentos estaduais de R$ 192,7 milhões em obras e R$ 63,2 milhões em equipamentos. A unidade conta com 60 leitos pediátricos, sendo 48 de internação e 12 de observação, além de 115 ambientes destinados ao cuidado, como centros cirúrgicos, UTIs, pronto-socorro, ambulatórios e setor de radiologia. O custeio mensal da ala infantil será de R$ 6 milhões.

O vice-governador Daniel Vilela destacou a sofisticação tecnológica da estrutura: “Há equipamentos que nem hospitais privados possuem, como ressonância integrada ao centro cirúrgico, áreas de transplante com filtros 300% mais eficientes e suítes que permitem a permanência dos pais junto aos filhos durante o tratamento”.

Um dos destaques é a ressonância magnética com inteligência artificial, que acelera os exames e amplia a precisão diagnóstica. Toda a equipe — 275 profissionais de saúde — foi treinada desde abril por especialistas do Hospital de Amor.

Obra rápida e gestão transparente

A construção do Cora foi concluída em tempo recorde: dois anos e um mês após a terraplanagem, superando os padrões históricos do estado. “Demorava-se 15 a 20 anos para levantar um hospital em Goiás. Esse foi feito em tempo recorde”, ressaltou Caiado.

Outro ponto positivo é a gestão eficiente. Henrique Prata, presidente da Fundação Pio XII — entidade responsável pelo hospital — informou que parte dos recursos será devolvida ao Estado. “Sobrou crédito de receita e estamos retornando ao Tesouro”, revelou.

Primeiras vidas acolhidas

Entre os primeiros pacientes admitidos está Sofia Garcez, de quatro anos, diagnosticada com neuroblastoma. A família, que antes precisava se deslocar até Barretos, agora encontra atendimento completo em Goiânia. “É um presente poder tratar minha filha aqui, sem precisar sair de casa”, relatou a mãe, Flávia Garcez.

Histórias como a de Gael Benício Rocha, também de quatro anos, e Jhennifer Louise, de 12, refletem a importância da unidade. “Agora tenho apoio e proximidade. Só tínhamos nós dois em Barretos, e isso dificultava tudo”, contou Fabíola Rocha, mãe de Gael.

Já Naiara Pereira, mãe de Jhennifer, expressou alívio com a agilidade do atendimento: “Fomos encaminhadas no mesmo dia da UPA. Tenho fé que vai dar tudo certo”.

Atendimento regulado e expansão prevista

De acordo com o secretário adjunto de Saúde, Sergio Vencio, os atendimentos são feitos via regulação. A intenção é ampliar o acolhimento a pacientes já em tratamento e a novos diagnósticos. “Estamos em contato estreito com o Hospital de Amor para garantir a transição segura dos pacientes e iniciar os tratamentos dos recém-diagnosticados aqui”, explicou.

Um novo capítulo na saúde de Goiás

Erguido em uma área de mais de 177 mil m² doada pela União, ao lado da BR-153 e próximo ao Aeroporto Santa Genoveva, o Cora será, com a conclusão de suas fases, um dos maiores hospitais públicos especializados em câncer do Brasil. Sua missão é clara: oferecer tratamento humanizado e de alta qualidade, com acesso universal e gratuito.

“Goiás tinha o hábito de inaugurar obras sem funcionar. Hoje estamos recebendo nossas primeiras crianças. Amanhã serão 20, 30, 40… É um novo tempo na saúde do nosso estado”, finalizou Caiado.

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