Confira a efervescência cultural que vem por aí anunciada pelo secretário Bartô

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O programa Brasília em Atividade da Rádio Atividade, 107.1 FM, recebeu, nesta noite de quinta (13), o secretário de Cultura e Economia Criativa do Distrito Federal (SECEC-DF), Bartolomeu Rodrigues, o Bartô, no qual concedeu não só uma entrevista com muitas novidades, mas com dois furos de reportagem para o setor cultural.  As novidades são a volta revitalizada do complexo Funarte, e um espaço a ser criado, especialmente, para pessoas deficientes no Distrito Federal. As duas novas estão a caminho e, em breve, uma delas poderá ser piloto cultural para o Brasil.

 

O secretário explicou ainda como o acesso ao Fundo de Apoio à Cultura (FAC) está mais ampliado e acessível. O quadro Brasília em Atividade é apresentado pelo radialista Wiguinho e o jornalista Josiel Ferreira, do site Tudo OK Notícias e vai ao ar todas as quintas, às 18h.

O secretário de Cultura afirmou que tem praticado “a política do diálogo de verdade”. Abre as portas da Secretaria para ouvir os artistas e músicos. Segundo Bartô, antes, desdenhava-se de alguns segmentos de arte. Ele elenca, por exemplo o LGBTQI+, que ninguém dava atenção merecida. E é um segmento cultural importantíssimo. Tão importante quanto o segmento Gospel, de religiões de matriz africana, segundo o secretário.

Outro segmento que terá oportunidade, citado por Bartô, é a galera do back-stage, o pessoal que trabalha nos bastidores, a turma da graxa ou da coxia. Tem projeto contemplado por um outro segmento, que faz com que esse pessoal seja incluído. E eles têm o que mostrar. Agora, têm a possibilidade de eles se inscreverem nesse projeto de descentralização da cultura.

“Nós não discriminamos. O caminho está aí. O caminho está em você ouvir, sentir sobretudo.  O estado tem que sentir a população. Ele não é um ente frio, não. Ele tem que participar, ver, discutir, tem que ir aonde o povo está”, pontuou.

Bartô salientou que o secretário está, apenas, sendo executor daquilo que uma equipe inteira da Secretaria de Cultura e Economia Criativa percebeu ao longo do tempo e procurou corrigir dentro de uma política do Distrito Federal.

Ele citou o governador do DF, Ibaneis Rocha, no bojo da explicação sobre a descentralização da arte. “O rico já está ajudado, já os mais pobres têm que ter um plus.”

Na visão de Bartô, muitos talentos estão sendo despertados. Ele próprio disse que como artista não teve o olhar que o valorizasse ao longo de sua carreira. “Tem muitos setores que precisam de um olhar mais atento, o estado tem obrigação de fazer e está fazendo.”

Democratização da cultura

Democratização do Fundo de Apoio à Cultura (FAC) que atende artistas e músicos da noite e circo de lona, que mais sofrem com a pandemia e são beneficiados pela Lei Aldir Blanc, que é administrada pela SECEC.

Segundo ele, a Lei Aldir Blanc foi um verdadeiro aprendizado para todos, inclusive para os próprios artistas. Eles tem o esforço que a SECEC fez.

“Chegamos a executar dos R$ 36 milhões que foram destinados ao DF – ao todo no Brasil foram distribuídos para os entes da federação R$ 3 bilhões — mais de 97%, numa comparação com o resto do país, quase que batemos o recorde”, informou o secretário.

Segundo Bartô, através das suas linhas de atendimento emergencial, foi possível atingir um público expressivo e fazer importantes descobertas.

Lei Aldir Blanc

“Foi importante para descobrirmos e dimensionarmos melhor o segmento cultural aqui no DF. A Lei Aldir Blanc influenciou fortemente esse edital que estamos lançando agora. Já tínhamos a vontade de fazer essa descentralização e com a Lei descobrimos que não era só a vontade, mas era necessidade”, pontuou o secretário.

Como com a Lei Aldir Blanc não havia a necessidade CEACS, nós vimos o tamanho, onde estavam esses artistas e que artistas são esses. Foi uma verdadeira descoberta. Estamos ainda analisando e entendendo melhor os números. Mas é impressionante ver a dimensão e importância do segmento cultural aqui no DF. A Lei Aldir Blanc foi, em todos os sentidos, didática.

Bartô enfatizou ainda que ficou um resíduo, acontecendo o mesmo em todos os estados. “O nosso foi um dos menores, mesmo assim é um valorzinho bom, R$ 3,8 milhões. Esse dinheiro foi devolvido, vamos dizer assim. Mas o Governo Federal mandou esse recurso e disse segura aí, que a gente vai ver como é que faz.

“Finalmente foi sancionada a lei para o recurso. E, agora, a gente precisa entender melhor como vamos fazer. É uma boa notícia, porque inclusive tem mais R$ 3,8 milhões. Temos R$ 53 milhões editalizados pelo FAC, temos R$ 3,8 milhões que vamos utilizar agora”, declarou Bartô.

O secretário disse que aguarda a regulamentação da lei para saber se serão usados os mesmos critérios que utilizados na primeira fase. “Estamos vendo uma possibilidade melhor. Vamos poder incorporar esse dinheiro com o FAC, de R$ 53 milhões nós poderíamos subir esse valor para R$ 56 milhões e até abraçar mais gente.”

Ele lembrou que já está correndo o edital, lançado essa semana, para a realização do Festival de Cinema de Brasília. “O ano passado nós fizemos com pandemia e tudo e vamos fazer do mesmo modelo virtual. Foi um sucesso. O Festival de Brasília deixou de ser só de Brasília. Ele foi visto no país inteiro. E já lançamos o edital, olha com que antecedência, para criar essa boa expectativa de que a cultura não está parada. Está se movimentando e movimentando todo o segmento, todo mundo que vive da cultura. Isso é que é importante.”

“O caminho é trabalhar, com precaução, não estamos nos deixando nos intimidar pela pandemia. Ele contou que, inclusive, pegou Covid-19 e Dengue. “Semana passada eu estava com Dengue, pode um negócio desse?”

Efeito descentralizador

Durante a entrevista, o ouvinte Vanderlei, morador de Vicente Pires, que inclusive é músico e toca na igreja, quis saber por que quando se fala em cultura tudo é voltado para o Plano Piloto? Com cinco filhos, ele tem que se deslocar de Vicente Pires para o Plano e transporte fica muito caro. Ele defende que a cidade deva ter um local para arte e entretenimento local.

Bartô citou como exemplo Taguatinga. “Por que a cidade não tem um espaço público cultural, ativo, onde os artistas possam se apresentar? É nisso que nós queremos chegar.” Está em discussão a construção de um grande Centro Cultura em Taguatinga com a Administração Regional, segundo ele.

Outro ouvinte, o cantor Gleno Rossi, filho de Brasília, que teve o pai pioneiro Nilton Rossi, com mais de 30 anos de estrada, afirmou em participação por telefone que, em decorrência da pandemia vários cantores, por exemplo, não têm cantado em shows pela Secretaria de Cultura já há muitos anos. Ele mesmo disse que também há muitos anos não é contratado e às vezes há dificuldade em ter acesso a shows. “São pessoas que ajudaram na formação cultura de Brasília”, acentuou Rossi.

“Fizemos muitos shows nos quatro cantos de Brasília, sem desprezar os mais novos, mas talvez tivesse algum projeto que pudesse dar essa cara da identidade de Brasília, do pop, do rock, sertanejo e todas as classes. Pegar um projeto para que esses músicos com 30 anos aqui dentro de Brasília e poder fazer um pacote para poder estar rodando em Brasília. E um projeto, através da Secretaria de Cultura, para se obter um plano de saúde para esses músicos com mais de trinta anos de Brasília, nascidos ou que chegaram cedo. Vai essa dica se tiver possibilidade com certeza a classe estará muito grata por isso.”

Furo cultural

Bartô, em resposta, disse que se considera um velho militante cultural, acrescentando que é jornalista, mas de alguma forma sempre teve um pé ali dentro da cultura. “Também estou nessa faixa aí só de profissão tenho 43 anos, uma boa estrada. E eu tenho o maior respeito pelo pessoal mais velho. Vou te dar uma notícia, Gleno vai me permitir que dê até um furo aqui.

“Estamos trazendo de volta para a Secretaria da Cultura aquele complexo Funarte. Claro que agora não é momento para isso, mas está chegando. Eu tinha muito em mente, logo que assumi, trazer o projeto que já teve alguns nomes, Projeto Seis e Meia, Projeto Pixinguinha, que ocupava aquele espaço no final da tarde. Está em gestação, maturação, saber o que a gente vai fazer com aquilo ali. Teve esse tempo todo cedido ao governo ao governo federal e estamos em tratativas nesse sentido, com essa perspectiva”, disse Bartô.

Quanta a segunda parte da colocação de Rossi, o secretário afirmou que é complicado para o estado. “Teríamos que criar um plano saúde para uma atividade que é privada. Eu sei a dificuldade que todos passam, todo o artista. Eu fico triste, quando eu vejo artista sem direito à aposentadoria. Ele não quer parar, mas, de qualquer maneira, por falta dessa proteção eu fico lamentando bastante, mas estamos aí trabalhando para que vocês músicos não parem”, pontuou.

Bartô, inclusive, revelou que é pai de um músico profissional e eu sei a dificuldade que ele está passando, e dos amigos dele. “Sei até de músicos que tem se desfeito de instrumento musical para poder sobreviver com dignidade e levar comida para casa. Isso é uma coisa que toca a gente de perto bem no coração.”

Vale lembrar que, quando os grandes cantores, principalmente, e artistas produzem lives, arrecadam milhões em recursos com patrocinadores.

A professora Adriana do ensino especial, que estava ouvindo o programa, questionou sobre a inclusão de pessoas com deficiência em  projetos culturais. Ela também questionou a respeito do projeto Mala do Livro, que completou 31 anos.

“Políticas públicas boas têm que ter continuidade”

O secretário disse em resposta à Adriana que Mala do Livro é exemplo de política pública. “Eu sempre falo, as políticas públicas boas têm que ter continuidade. Aí uma coisa que foi feita no passado muito bacana e está vivo. É uma preciosidade que a Secretaria de Cultura, através da Biblioteca Nacional, que a gente trata com o maior carinho do mundo. Tenho uma dedicação muito grande, temos investido bastante na Mala do Livro, sobretudo por causa do alcance”, explicou Bartô.

Ele ressaltou que a Mala do Livro chega em Paracatu-MG. É um projeto, hoje, que é um exemplo nacional.

Quanto à questão da criança deficiente, tivemos uma atenção especial. Essa particularidade estará em todos os projetos do FAC. Tem que ter uma licitação específica para projetos para pessoas com deficiência. Com relação ao Festival de Cinema de Brasília estamos voltados para uma política de muita inclusão desse público.

Carnaval 2022

O presidente da Associação Cultural Recreativa da Escola de Samba Águia Imperial de Ceilândia e diretor financeiro da União das Escolas de Samba de Brasília, Gilmar Leite,  por telefone indagou ao secretário sobre quais serão ações para o retorno do desfile das escolas de samba ser uma realidade. E quais serão as medidas para ajudar as agremiações que passam por dificuldades financeiras por meio do Fundo de Apoio à Cultura (FAC)  e para que possam trabalhar em prol da comunidade e as atividades possam voltar, gradativamente, já que o governador está flexibilizando o funcionamento de clubes, boates etc.

Bartô respondeu o setor carnavalesco teve frustração terrível. Segundo ele, o Carnaval de 2020 já tinha sido um carnaval problemático, e a estrutura foi programada no ano anterior. E mal organizado.

“Tentamos fazer um arremedo. E quando ensaiamos fazer uma coisa mais decente vem a pandemia do Covid-19. Eu não sou de vender ilusão. Eu sou muito franco. Há uma expectativa muito positiva para 2022, não só das escolas de samba, os próprios carnavalescos. Já tivemos algumas reuniões e eu sou pé no chão. Em 2022, nós vamos ter carnaval para valer? Não sei. Seria irresponsabilidade da minha parte se eu disse que será o carnaval do século. Gostaria muito. Temos um inimigo cruel que é o vírus.”

 

“O estado tem que ser o exemplo de responsabilidade. Eu quero que o Carnaval 2022 seja”, disse. Mas emendou que organizar um carnaval não é fácil, já deveríamos estar trabalhando nele. O ano está acelerado de mais, daqui a pouco é junho. Estamos fazendo. Com a Lei Aldir Blanc e com o FAC, com o montante de R$ 53 milhões. As inscrições começam nesta sexta (14) e o setor Carnavalesco está lá dentro. Nunca abrimos os CEACs, (Cadastro de Entes e Agentes Culturais do DF), necessários para ter acesso ao FAC. Nunca foi tão democratizado. Digo isso sem soberba, o DF pode ser comparado a qualquer estado, qual é o estado que está colocando valor em um edital desse montante? Eu desafio a alguém mostrar.”

Acesso ao FAC

Para obter o Ceac-DF tem que estar em atividade cultural há dois anos. Pelo fato de o FAC ser um fundo ele tem regramentos e fiscalizado, com prestação de contas. “Não é distribuição de dinheiro. É investimento. Na cultura você investe. Eu presto contas ao Tribunal de Contas do DF. O FAC corresponde a um percentual da arrecadação do GDF.”

O secretário disse que está trabalhando pela cultura e “não estamos deixando a cultura morrer, atuando, diretamente, na ponta, eu tenho dito isso com muito orgulho, sem desmerecer setores tradicionais do DF. Estamos preocupados com o pequeno, que está vendendo seu instrumento para sobreviver”.

Meu Primeiro FAC

Quando Bartô foi questionado pelo Tudo OK Notícias quantos projetos foram contemplados com o FAC.

“Esse número eu não tenho para o momento, mas são muitos projetos. E tem inclusive linha voltada para quem nunca recebeu recurso do governo do estado para ajudar no setor cultural, com o nome que eu vou dizer agora, Meu Primeiro FAC. Começa amanhã e vai até 18 de junho. Será para todas as categorias. O audiovisual foi atendido, apesar das reclamações. Estava pedindo um edital de R$ 25 milhões. Seria mais da metade. Inclusive para Gastronomia, circo de lona”, frisou.

Bartô assinala que lutou para que o segmento circo de lona tivesse acesso a recursos do FAC sem burocracia.

Segundo furo cultural é novo espaço para pessoas deficientes

“Chegamos à conclusão de que Brasília tem universo de mais de 600 mil pessoas com deficiência. O volume de pessoas que praticam alguma atividade artística é imenso. Neste momento, estou convidando a Secretaria de Pessoa com Deficiência para desenvolver um projeto que, em breve será noticiado, para que a tenhamos um espaço no Distrito Federal específico para pessoa com deficiência. Olha que coisa bacana. Isso vai ser notícia nacional quando sair. E vai sair. Essa preocupação, assim como quando eu disse da descentralização. Há muitos projetos para saírem.”, revelou o secretário.

Ele também revelou que quando pensava no projeto fez comparação com a ciranda, como ele e pernambucano.

“É uma música de ciranda. É considerada a dança mais democrática do mundo. É uma roda, as pessoas vão dando as mãos e ela vai enlarguecendo. Se eu fosse dar um nome, o nome do FAC, o FAC ficou Brasília Multicultural, eu gostaria de chamar, iriam dizer que é coisa de bairrismo, eu iria chamar FAC Ciranda. Abrimos a roda e a gente está permitindo que as pessoas deem as mãos e a roda fique gigante, ocupando todo o DF. Todo mundo dançando. Todo mundo fazendo arte.”

Bartô candidato?

Durante o programa, o ouvinte Luis Carlos perguntou se o secretário sairá candidato em 2020 a algum cargo político.

“Eu sou candidato. Eu sou candidato a ser pelo menos um bom secretário. O governador Ibaneis Rocha, que é meu amigo, que me deu essa missão, me pegou um belo dia, assumi a secretaria, e me deu liberdade para trabalhar, estou tendo até agora. Eu peguei a missão coloquei embaixo do braço e estou com ela. Estou atravessando. Se eu chegar do outro lado, eu não vou ter aplauso total, tem crítica pontual aqui e ali, faz parte, todo o homem público está sujeito a isso. Se eu for lembrado, aquele secretário, pelo menos, se esforçou para fazer, para valorizar e enaltecer a cultura do DF, eu vou estar satisfeito”, enfatizou.

Descentralização e democratização

Em resposta a uma questão da Associação dos Músicos e Artistas Populares do DF e Entorno (Asmap-DF) feita por telefone, sobre a descentralização dos recursos culturais Bartô respondeu que “muita coisa mudou e vai mudar mais ainda. Descentralizar é o verbo que se conjuga dentro da secretaria”.

“Descentralizar significa mais do que democratizar. Olha, nós só vamos ser um grande país quando nós virmos aquelas pessoas que estão lá embaixo tendo seu lugar, a sua vez. Estava me lembrando do Cartola. Cartola foi pedreiro, lavador de carro, segurança de prédio e um dos maiores poetas que esse país já viu. O LP dele que ele lançou quando tinha 65 anos de idade. Quanto Cartolas não temos em Taguatinga, Ceilândia e Samambaia.”

Ele ainda continua: “Quantas pessoas não estão aguardando. Esse é o verdadeiro papel do estado. Não é dá dinheiro para fazer cultura, não. É investir no elemento que faz cultura, em quem está precisando mostrar seu trabalho. Quantos talentos não estão aí, represados esperando uma oportunidade. É dever do estado, de uma política pública cultural de verdade ir atrás dessas pessoas. É aquilo que chamamos de busca ativa. É isso que estamos fazendo com esse edital.”

Dica para agentes culturais 

Bartô mandou um recado para os artistas em geral. “Procurem a secretaria. Estamos simplificando a forma de você se cadastrar como agente cultural. Vamos para cima. O pessoal está respondendo e vai responder mais ainda. Quando você faz uma coisa que quebra paradigma, para voltar atrás é difícil.

“Demos passos largos para que a descentralização seja uma verdade. Estamos vivendo uma situação diferente. O DF não é mais aquele de antigamente. Mudou muito. Quem paga mais imposto é a população de Taguatinga ou é do Plano Piloto. Garanto a você é Taguatinga. Então os recursos públicos têm que ir com prioridade para quem?”, questionou.

Teatro  Nacional

O Teatro Nacional está fechado aguardando ser revitalizado desde 2004. Ao ser questionado pelo Tudo OK Notícias, sobre a quantas anda a reforma do ícone da cultura brasiliense, Bartô lembrou que o fechamento é contemporâneo da tragédia ocorrida na Boate Kiss. Naquele momento houve um “auê”, quando o Ministério Público acionou todos os grandes espaços públicos e o Teatro Nacional tinha problema. “Eu costumo dizer, fecharam o Teatro Nacional no susto. Só que fecharam e não ligaram mais. Isso é um absurdo.”

Teatro Nacional de Brasília

Bartô lembrou que quando assumiu a Secretaria de Cultura, e foi verificar a situação degradada do Teatro Nacional, o governador Ibaneis Rocha deu a diretriz e “cobrou quase todos os dias, cadê?”

“A documentação estava uma verdadeira bagunça para regulamentar. Essa é que é verdade. E tivemos que começar praticamente do zero. É complexo. Não é reformar uma casa não. Ali é um bem tombado. Temos uma parceria com o IPHAN, porque se tirar um parafuso da parede e ele estiver torto, ele tem que voltar torto. Até a cor da cadeira é tombada. Não é uma restauração simples. São necessários especialistas ‘especialisíssimos’. E nós estamos cuidando disso. Estamos na reta final de todo o processo. Tivemos que refazer todo o projeto básico, de engenharia, de arquitetura.

Há uma oferta de recurso do Governo Federal, por meio do Fundo Direito Difuso para começar pela Sala Martins Pena. “Mas é aquela coisa, a gente começa e não vai parar, se Deus quiser. O custo inicial no valor de R$ 33 milhões. Este ano contamos com a possibilidade real de nós iniciarmos as obras. Eu acho que o teatro deverá ficar pronto no ano que vem.”

 

MAB reinaugurado no aniversário de Brasília

 

Sobre a reinauguração do Museu de Arte de Brasília (MAB), que ficou por 14 anos fechado, Bartô comemorou porque ali havia a deterioração dos acervos.  O MAB foi uma luta aguerrida de uma equipe inteira da Secretaria da Cultura, segundo ele. O museu tem uma história na arte de Brasília. “O MAB tem uma importância muito grande”, frisou.

 

Brasília é uma obra de arte, de acordo com Bartô, conhecida como Patrimônio Cultural da Humanidade. É a maior área tombada do mundo, é mais do que a cidade do Vaticano. Então, era um absurdo o MAB estar fechado. O acervo do MAB é um dos mais ricos do Brasil. Ali tem milhões de dólares em obras de arte fechadas em caixotes. Temos que trazer essas obras para uma criança que for visitar o MAB.

“Você pensa que não, mas pode despertar naquela criança um dom que estava oculto. Essa que é alegria e a riqueza dos museus. Os países têm tantos museus não só porque preserva a sua história, mas sobretudo porque ele inspira.”

Por fim, Bartô deixou um recado. “O que eu digo para finalizar mesmo. Eu digo assim: Se cuida, pessoal, vamos nos cuidar, porque vamos sair dessa. Isso vai passar.”

 

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