Lula leva 100 pessoas para a Assembleia da ONU, com custos já ultrapassando R$750 mil, gerando críticas pelo uso excessivo de recursos públicos
As comitivas brasileiras em eventos internacionais estão chamando atenção nos bastidores diplomáticos, principalmente pela quantidade de membros, muitas vezes vista como desnecessária. O exemplo mais recente é a viagem do presidente Lula à 79ª Assembleia Geral da ONU, em Nova York (EUA), onde levou uma equipe de 100 pessoas para acompanhá-lo.
O Diário Oficial da União (DOU) revelou detalhes sobre a composição dessa comitiva, e os números impressionam. O maior grupo é do Gabinete de Segurança Institucional, com 31 integrantes. O Gabinete pessoal de Lula somou mais 16 pessoas, e outras 16 são da Secretaria de Comunicação, responsáveis por registrar e divulgar a viagem nas redes sociais.
O custo total da viagem já ultrapassou R$750 mil, segundo informações levantadas pelo jornal Estadão, que cruzou dados do DOU com o Painel de Viagens do Ministério da Gestão e Inovação. No entanto, esse valor ainda é considerado conservador, uma vez que há informações detalhadas apenas sobre 15 dos 100 acompanhantes. O montante total deve aumentar consideravelmente nos próximos dias.
Um dos exemplos que mais chamou a atenção foi o custo da passagem da ministra Esther Dweck, que custou R$45.851,90 aos cofres públicos. O ministério justificou o alto valor devido à “alta demanda” por passagens.
Esse cenário tem gerado críticas pela utilização de recursos públicos para bancar uma comitiva tão grande em um evento onde a presença de tantos auxiliares parece, no mínimo, questionável. A discussão sobre os gastos excessivos e a necessidade de comitivas tão numerosas reflete a insatisfação com o uso do dinheiro do contribuinte, que acaba pagando a conta.

Foto: Claudio Kbene/PR