Comércio registra queda de confiança em janeiro, aponta CNC

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Cautela no comércio: Índice de confiança do empresário do comércio aponta queda em janeiro

 

 

O Índice de Confiança do Empresário do Comércio (Icec), medido pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), registrou uma queda de 1,1% em janeiro, alcançando 109 pontos. Este é o primeiro recuo após três meses consecutivos de resultados positivos. A pesquisa revela um aumento na cautela dos comerciantes, impactada por fatores econômicos e pelos custos típicos de início de ano, como IPTU, IPVA e despesas escolares. Em comparação com o mesmo período de 2024, o índice também apresentou uma leve queda de 0,1%.

A retração no índice é atribuída principalmente à queda nos subindicadores relacionados à Condição Atual da Economia e Expectativa da Economia, que apresentaram uma redução de 2,6%. No entanto, a pesquisa aponta um crescimento nas intenções de investimento, que aumentaram 0,2% em relação a dezembro de 2024 e 2,4% no comparativo com janeiro do ano passado. Os investimentos estão sendo direcionados principalmente para capital físico e controle de estoques, com estabilidade no quadro de funcionários após as contratações temporárias de fim de ano.

José Roberto Tadros, presidente do Sistema CNC-Sesc-Senac, afirmou: “O cenário é de cautela para o comércio, o que nos alerta para a necessidade de redobrarmos esforços em prol da retomada econômica, especialmente em um momento de maior pressão sobre os custos. Por outro lado, é animador ver que os investimentos continuam avançando, o que demonstra o comprometimento dos varejistas com a superação dos desafios.”

Setor de Semiduráveis e Tendências de Investimentos

A queda de confiança foi mais acentuada no setor de bens semiduráveis, como roupas, calçados e acessórios, com redução de 1,8%. Por outro lado, os segmentos de supermercados, farmácias, cosméticos e de eletroeletrônicos, móveis, materiais de construção e veículos apresentaram crescimento, com variação positiva de 0,3% e 0,7%, respectivamente.

Felipe Tavares, economista-chefe da CNC, explicou: “A retração no otimismo dos empresários de semiduráveis reflete o comportamento cauteloso do consumidor, típico do período pós-festas, quando os orçamentos familiares estão mais pressionados pelas despesas sazonais. Mas é importante destacar que o momento exige estratégias assertivas, como promoções, flexibilização de prazos e maior controle dos estoques.”

Investimentos por Setor

A intenção de investimentos teve variação positiva em quase todos os segmentos, com destaque para os setores de eletroeletrônicos, móveis, decorações, materiais de construção e veículos, que apresentaram um aumento de 1,1%, apesar da alta da taxa Selic. O comércio de bens semiduráveis foi o único setor a reduzir sua perspectiva de investimentos, com queda de 1,4%. No entanto, a análise anual do quesito foi positiva para todos os setores, com os eletroeletrônicos, móveis e materiais de construção registrando a maior alta, 4,3% superior ao primeiro mês de 2024.

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