“Com 50% do Congresso, eu mudo o Brasil”, diz Bolsonaro na Paulista

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Foto: Instagram Bolsonaro

 

Bolsonaro pede apoio político e volta a defender anistia a presos do 8 de Janeiro

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) participou neste domingo (29) de um ato político na Avenida Paulista, em São Paulo, no qual pediu apoio popular para eleger aliados ao Congresso em 2026 e reforçou a defesa da anistia aos presos e investigados pelos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023. A manifestação, sob o mote “Justiça Já”, contou com a presença de parlamentares, ex-ministros e o governador paulista Tarcísio de Freitas (Republicanos).

Durante seu discurso, Bolsonaro afirmou que não precisa voltar à Presidência, mas que deseja influenciar o futuro político do país. “Se vocês me derem 50% da Câmara e 50% do Senado, eu mudo o destino do Brasil”, declarou, mencionando que esse apoio garantiria maioria para eleger os presidentes das Casas, controlar comissões e indicar nomes para agências reguladoras e o Banco Central.

Ainda segundo ele, sua atuação como presidente de honra do PL já seria suficiente para liderar esse projeto político. “Nem eu preciso ser presidente. O Valdemar me mantendo como presidente de honra, nós faremos isso por vocês”, disse, referindo-se ao presidente da legenda, Valdemar Costa Neto.

Defesa e críticas ao STF

No ato, Bolsonaro voltou a se defender das acusações de participação em uma suposta tentativa de golpe de Estado. “Me processam por uma fumaça de golpe. Não há armas, não há apoio institucional, não houve emprego das Forças Armadas”, afirmou. O ex-presidente também mencionou nomes como José Múcio, Nelson Jobim, Aldo Rebelo e José Sarney, que teriam questionado se de fato houve uma tentativa de golpe.

O evento foi marcado por ataques ao Supremo Tribunal Federal, em especial ao ministro Alexandre de Moraes, relator das investigações sobre o 8 de Janeiro. O organizador do ato, pastor Silas Malafaia, chamou Moraes de “ditador” e o acusou de agir contra a liberdade de expressão. Deputados como Gustavo Gayer (PL-GO) também criticaram ministros por votarem a favor de regulações mais rígidas sobre o conteúdo publicado nas redes sociais.

Anistia e “pacificação”

Bolsonaro voltou a defender anistia para os presos e investigados pelo ataque aos Três Poderes. “A anistia é um remédio constitucional. É um gesto de pacificação, de altruísmo”, afirmou. Ele pediu que os Três Poderes colaborem para “pacificar o Brasil” e disse que os responsáveis por vandalismo devem pagar, mas que não se pode generalizar.

Eleições de 2022 e críticas ao TSE

O ex-presidente voltou a criticar o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), afirmando que “a mão pesada” da Corte influenciou o resultado da eleição de 2022, vencida por Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Segundo ele, o PT fala em golpe, mas foi o Judiciário que libertou Lula e o viabilizou politicamente.

Sobre a transição, Bolsonaro afirmou que ela ocorreu de forma pacífica e teria sido elogiada pelo então coordenador da equipe de Lula, Geraldo Alckmin. No entanto, se defendeu por não ter passado a faixa presidencial: “Jamais passaria a faixa para um ladrão”, declarou.

Homenagens e bastidores

Bolsonaro também elogiou ex-ministros e destacou o papel do filho, Carlos Bolsonaro, em sua campanha presidencial. “Ele foi o cérebro, o marqueteiro que me colocou na Presidência”, disse.

Em relação à pandemia, afirmou ter comprado vacinas contra a covid-19, mas reiterou sua decisão de não se vacinar, por entender que a escolha deveria ser uma questão de liberdade individual.

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