CNI: recorde na variação de contratações entre agosto e setembro e alta nos indicadores de produção

Compartilhar:
Facebook
Twitter
LinkedIn
WhatsApp
Telegram

 

A indústria brasileira teve recorde na variação de contratações entre agosto e setembro, e pelo quarto mês seguido apresentou alta nos indicadores de produção, revelou a Sondagem Industrial divulgada na manhã desta segunda-feira, 26, pela Confederação Nacional da Indústria (CNI).

 

A arrancada no terceiro trimestre consolida o ritmo de recuperação após as quedas históricas registradas entre abril e junho, no auge da crise causada pelo novo coronavírus.

A alta no mês foi impulsionada pelo avanço para 72% da Utilização da Capacidade Instalada (UCI), acima do período pré-pandemia e maior alta para o período desde 2014.

Em variação nominal, o índice chegou a 50,4 pontos, 2,7 acima de agosto. Ao furar a linha dos 50 pontos, o indicador aponta que o setor está aquecido, operando acima do nível usual para o mês. Segundo a entidade, a UCI não ultrapassava a barreira desde novembro de 2010.

O índice da evolução de produção chegou a 59,1 pontos em setembro, acompanhada pelo aumento do ritmo de contratações. O índice no número de empregados no setor, que foi o mais atingido pela retração histórica de 9,7% do Produto Interno Bruto (PIB) no segundo trimestre, bateu 55,3 pontos em setembro, 1,5 ponto superior a agosto.

O avanço no índice é o maior da série histórica mensal, iniciada em janeiro de 2011. “A atividade industrial de setembro se mostrou um ponto dora da curva para o mês. Podemos observar com clareza o processo de recuperação da economia, a alta da demanda e a necessidade de repor os estoques, que seguem baixos”, afirmou Marcelo Azevedo, gerente de análise econômica da CNI.

A despeito dos índices que pontam a retomada, os estoques seguem em queda e abaixo do desejado pelos empresários, apontou o levantamento.

A falta ou alto custo de insumos é principal problema enfrentado pelas empresas no terceiro trimestre, e a elevada carga tributária caiu para a segunda posição.

A alta volatilidade e a intensa desvalorização do real em relação ao dólar americano, com efeitos nos preços de insumos, fez com que a taxa de câmbio subisse da quarta para a terceira posição entre os principais problemas da indústria.

Apesar dos reveses, o índice de satisfação com a situação financeira aumentou no terceiro trimestre para o melhor índice desde o início da medição. Dos 27 setores pesquisados, 15 apresentaram índices mais favoráveis no terceiro trimestre.

Mais lidas

Trump vestido de papa choca fiéis e agita ...
Funcionamento das unidades da SES-GO no fe...
Fecomércio DF leva serviços e shows incrív...
...