Uma partida de airsoft (arma de pressão não letal) que simulava ação policial no meio da rua “fugiu do controle” e assustou moradores do Distrito Federal. Manequins de plástico foram exibidos como corpos executados, pendurados de cabeça para baixo.
Os bonecos faziam parte do cenário e estavam enrolados em sacos pretos – calçados com tênis e líquido que simulava sangue no chão. O evento Ruas em Guerra 5 contou com 200 participantes. Ele ocorreu no último domingo (17), no setor H Norte, em Taguatinga, em meio à circulação de pessoas.
Nas redes sociais, o episódio viralizou entre os internautas relatando que “um crime teria acontecido na região do Setor de Oficinas de Taguatinga”.
O organizador do evento, Diogo de Assis, disse que tinha recebido aval do governo para colocar as armas de airsoft na rua. “Tudo ocorreu com as devidas autorizações, com comunicação à Polícia Militar, Corpo de Bombeiros, Detran, etc. Inclusive os moradores foram avisados”, afirmou.
Até a publicação desta reportagem, porém, o governo não tinha confirmado se havia liberado o evento em área pública.
Segundo Assis, os bonecos foram removidos ainda no começo da partida de airsoft. “Ao perceber a imagem negativa que poderia recair sobre o esporte, pessoalmente, retirei os bonecos de imediato. ficaram expostos pouco tempo, mas o suficiente para alguém tirar uma foto e repassar.”
O organizador também disse lamentar a disseminação de informações falsas. “Alguém, talvez na intenção de ser engraçado, faz com o intuito de brincadeira em um grupo fechado, ou não, e as pessoas acabaram compartilhando”, continuou Assis.
Um dos participantes do jogo também comentou o caso. “Foi um evento que tem todo ano, essa já é quinta edição. Vem gente de outros estados”, afirmou.
O evento é gratuito. Para participar, os jogadores precisam dividir os gastos. Partidas de airsoft são esportes recreativos, com uso de armas não letais. A diferença em relação ao paintball é o realismo da situação: para portar uma airsoft, que tem alcance maior no tiro, é preciso carregar nota fiscal da compra. (Fonte – G1)