Cidade mais indígena ganha a própria usina de oxigênio no Dia do Índio

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A inauguração de uma Casa da Mulher e de uma usina de oxigênio transportada por terra, água e ar desde o Paraná marcarão o Dia do Índio, nesta segunda-feira (19), em São Gabriel da Cachoeira (850 km a oeste de Manaus), o município com a maior população indígena do país.

 

Doada pela ONG Greenpeace à Foirn (Federação das Organizações Indígenas do Rio Negro), a usina foi instalada em uma Unidade Básica de Saúde (UBS) da prefeitura, responsável pela gestão, e será inaugurada pela manhã. O prefeito é Clóvis Saldanha (PT), do povo tariano.

O objetivo é assegurar que, em uma eventual terceira onda da pandemia de Covid-10, não volte a acontecer falta de oxigênio do Alto e Médio Rio Negro, uma população de maioria indígena de cerca de 100 mil pessoas, que abrange também os municípios de Barcelos e Santa Isabel.

“É uma conquista do movimento indígena do rio Negro nos seus 34 anos”, diz o presidente da Foirn, Marivelton Barroso. “É uma assistência de oxigênio para 23 povos, para os municípios e para as instituições que trabalham com a gente em prol da população indígena.”

Sem ter leitos de UTI próprios, São Gabriel é acessível apenas de avião ou de barco.

Os pacientes mais graves precisam ser removidos até Manaus de avião para tratamento. Boa parte dos insumos médicos de hospitalares é transportada pelo rio Negro, uma viagem que costuma durar três dias desde a capital do Amazonas.

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